sábado, 9 de março de 2013

É diferente ou normal?


Textualmente, na sentença condenatória do homicida Bruno, Sua Senhoria, a Juíza Presidente do Tribunal do Povo, assim se manifestou: O réu demonstra não possuir uma personalidade DENTRO DOS PADRÕES DA NORMALIDADE! Aaahhhhhhhhhhhhhhhh, quer dizer que se existem "padrões de normalidade" quer dizer que, pelo menos em tese, é possível a existência de padrões de anormalidade e que seriam estes uma diferenciação em comparação com aqueles. HUMMMMMMMMMMMM, muito bem! Será então que existindo o NORMAL então o DIFERENTE seria seu oposto? Ora, se ser diferente é normal, então o padrão de normalidade que a personalidade do assassino não tem, tudo conforme a Sentença condenatória, não seria diferente mas normal, ou seja, não sustentariam sua condenação. Mas se a Juíza usou esse padrão é certo que considerou a personalidade do meliante diferente do padrão que ela montou em sua mente. Logo, ser diferente não é normal! É só ser diferente do que é normal! Óbvio que esta brincadeira axiológica e semântica foi realizada no intuito de excitar o debate histriônico sobre uma tentativa do patrulhamento oficial do politicamente correto em tergiversar sobre a normalidade e a diferenciação. Como nas discussões científicas e filosóficas é essencial citar a metodologia , acabei de utilizar, em proveito das minha idéias, o método criado por Sócrates para dominar seus diálogos, chamado de Maiêutica, onde ele funciona como origem ou parto das idéias, levando seu interlocutor, de assertiva em assertiva, a terminar concordando com ele. A denominação (Maiêutica) vem do nome Maia, sua mãe, que era famosa parteira em Atenas. Claro que se você considera que ser diferente é mesmo normal, siga com sua convicção mas não desista de mim!

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