domingo, 28 de abril de 2013
Bom dia para as universidades particulares.
Demorei um pouco para entender
quando, ainda nos anos 70, Martinho da Vila botou no ar um samba gostoso, como
quase todos que ele faz, dizendo: Felicidade, passei no vestibular; mas a
Faculdade, é particular. A faculdade ela é particular. AAAAAAhhhhh a Faculdade
é partiiiiiiiculaaar! Existem muitos assuntos que tenho que repetir alguns
aspectos. Fiquem tranquilos pois ainda não é caduquice da minha parte. O
problema é que as coisas se misturam, se imiscuem umas nas outras, de uma certa
forma em que análises e embasamentos muitas vezes se repetem. Gosto demais de
lembrar uma frase do astrônomo Carl Sagan dita acho que em 1983, quando ele
afirma que: “Se não fossem a Idade Média e o incêndio da Biblioteca de
Alexandria, a humanidade hoje (o hoje seria em 1983) estaria passeando por
outras galáxias”. Na verdade o conhecimento é o maior insumo da evolução humana
e caminha cada vez mais veloz. É sabido que a Biblioteca de Alexandria, entre
os séculos III a.C. e IV a.D., possuía um acervo de 700.000 rolos de papiros e
de pergaminhos onde se continha TODO O SABER PRODUZIDO PELA HUMANIDADE DESDE A
ANTIGUIDADE. Há controvérsias sobre sua destruição pelo fogo. Desde o século
XVIII, quando o Renascimento e o Iluminismo já punham em xeque o poder da
Igreja, passou-se a discutir a versão de que o fatídico desastre teria sido
determinado na conquista do Egito pelos muçulmanos em 642 a.D. pelo Califa
Rashidun Omar Ibn al-Khattab. Mas isso não importa mas apenas o terrível
acontecimento que privou o saber de ter seu livre caminhar. Já a Idade Média
foi um período de obscurantismo cultural, também patrocinado pela Igreja, entre
os séculos V e XV já da era cristã. Com efeito interessava à Igreja manter o
povo na ignorância e isso era ameaçado pelo poder dos reis. Afinal, quem
coroava os reis eram os Papas. Pulverizado o poder dos soberanos pelo mando dos
Barões em milhares de feudos, estava livre a Igreja para comandar a velocidade
e qualidade de transmissão do conhecimento para espraiar suas verdades mesmo
dentro da ciência que, à época, se misturava à filosofia e à teologia. Não se
contava, contudo, com a criação da Universidade de Bolonha, em 1.088 e, muito
menos, com um fantástico acordo entre os poucos reis da época e o próprio Papa
do qual resultou a promulgação, por Frederico I, da Alemanha, em 1.158 a.D., de
uma “Constitutio Habita”, espécie de Lei Orgânica, que a transformou em uma
Cidade-Estado (ao estilo do Vaticano de hoje). Sem esse acordo seria impossível
sequer a concepção de uma universidade no sentido de um lugar sagrado onde o
conhecimento com todas as suas hipóteses, teorias e teses poderia livremente
ser cultuado, mesmo que contrariasse a própria Igreja e criticasse os reis.
Essa conformação de culto ao saber e ao livre pensamento foi a centelha que
mantém todas as universidades, ao redor do mundo, como um território livre,
inclusive de agressões de quaisquer espécies. Bom, pelo menos deveria ser
assim. Fui concebido nesse ambiente quando tive a honra de ensinar, pesquisar e
praticar extensão do saber, na Universidade de Brasília e sei que esse espírito
se mantém vivo em todas as Universidades públicas brasileiras, federais,
estaduais e até algumas municipais de muita qualidade. Premido pelos problemas
de saúde de minha mãe fui obrigado a abdicar desse mundo e, a partir de 2002,
fui ensinar em três universidades particulares em Anápolis e Goiânia, as duas
principais cidades do Estado de Goiás, motor dos mercados rurais brasileiros.
Acostumado, hoje vejo que mal acostumado, ao sagrado dever das universidades de
priorizar o conhecimento, fui sendo apresentado, aos poucos mas
inexoravelmente, a uma realidade de absoluta submissão aos interesses do
mercado. Como sempre fui professor e razoável estudante da Ciência da
Administração, senti que, cada vez mais, que eu era cobrado a adotar essa visão
encarceradora. Tentei criar revistas para a publicação de artigos científicos
nas próprias universidades mas não senti eco ou reverberação de minhas ideias.
Procurava dar aos meus alunos uma visão substantiva, científica do processo de
gestão, pois a ótica adjetiva ensinava modismos e técnicas passageiras que
estariam obsoletas exatamente dois dias após pegarem seus diplomas. Instigava
meus alunos a aprenderem a aprender e eles me cobravam aulas com parafernália
eletrônica que dá mais sono que auxilia no processo de transmissão de
conhecimento. Dava aulas sei que interessantes, no famoso cuspe-e-giz e passei
a ser visto como uma excrescência que se preocupa com coisas ultrapassadas.
Lembro que em minhas aulas de Gestão de Pessoas, só para ficar em um único
exemplo, começava o programa desde a interação e a comunicação entre os seres
humanos e ia subindo de intensidade até que os alunos percebessem o quê faziam
as organizações no contexto da sociedade contemporânea e o quê faziam os seres
humanos dentro dessas organizações; como entende-los, como se comunicar com
eficácia, com eles, para que se sentissem motivados a produzir em ambientes tão
competitivos e pouco cooperativos. Expunha todas as teorias cientificamente
testadas, nesse campo, ao mesmo tempo que expunha a fragilidade das teorias
meramente especulativas. Ao final de dois semestres, alguns alunos me
procuraram pra dizer que me seguiriam até o final do Curso, por eu ser o único
professor que os instigava a pensar, orientar trabalhos com método científico e
desestimular as “pesquisas” do tipo copia-cola, na Internet. Enquanto isso, uma
aluna, lembro-me bem, loura platinada no melhor estilo Marylin Monroe, foi
reclamar na Reitoria dizendo que eu ministrara Gestão de Pessoas I e II,
durante um ano inteiro, e não ENSINARA SEQUER A FAZER UMA FOLHA DE PAGAMENTO!
Pasmem, foi isto mesmo que ouviram. Minha querida aluna me cobrava maiores
conhecimentos no preparo de laranjada no Cursinho Walita. Mas meu universo caiu
em desencanto quando fui impedido de preparar o programa de minha disciplina,
aprontar os trabalhos e provas, indicar a bibliografia que EU julgava melhor
para suporte de minhas aulas, enfim, tudo passou a vir em pacotes preparados na
chamada Universidade-mãe, geralmente situada no Sudeste brasileiro. Fui
reclamar com meu Coordenador de Curso e, estupefato, dele ouvi que meu papel de
professor, nessa era da altíssima tecnologia, era só de orientar o estudo dos alunos
pois esse era o papel do professor contemporâneo já que tudo estava nos tablets
que acessavam a Internet, principalmente enquanto eu dava aula. Nem mais um
facilitador eu era. Essas Universidades estão conseguindo concretizar uma
reengenharia do saber, PARA BAIXO, eliminando o papel da universidade como
receptora, guardiã e transmissora do saber, para se transformar em um títere da
lógica do MERCADO, esse ser impessoal e invisível
que não tem cpf, cnpj ou endereço, mas é tratado como um vizinho velho
conhecido. Para atingir esse desiderato, evidente que a engenharia realizada é
teoricamente impossível e tergiversa toda a verdade cientificamente reconhecida
e aceita em todo o mundo, menos no Brasil. As organizações de ensino, pesquisa
e criação, como escolas, hospitais, institutos que tratam do desconhecido, sem
mapas ou roteiros (NASA, EMBRAPA e tantas outras) têm sua padronização de
trabalho feita antes do indivíduo ingressar nelas, justamente nas escolas e
universidades. Ninguém ensina um médico ou determina que ele proceda assim ou
assado em uma delicada cirurgia na qual é especialista. Para qualquer novo
hospital que ele for, leva consigo sua técnica. Contrariamente, as fábricas e
outras organizações de produção de bens e certos serviços, podem aumentar sua
eficiência e produtividade, padronizando os processos de produção (máquinas que
fazem tudo sempre igual) ou as saídas de produtos (os tijolos só são aceitos se
tiverem tal peso, medidas e conformações). Pronto, nessas chamadas burocracias
mecanizadas as pessoas não precisam pensar pois está tudo já pensado. Se um
operário tentar ser criativo na linha de produção da Coca-Cola ele será
fuzilado pelo Supervisor, na hora! Mas naquelas chamadas burocracias
profissionais não é assim: os profissionais são livres para criar e assim
aumentar a produtividade da organização. Ora, o produto de uma universidade
deveria ser um aluno que, pelo menos, aprendeu a pensar e como e onde pesquisar
o avanço da ciência ou técnica na qual se diplomou, nunca ser um imbecil
juramentado com um inútil diploma na mão. Mas é isso que as universidades
privadas estão fazendo no Brasil. E esse é um crime ajudado pelo Desgoverno já
que com o FIES, o PRO-UNI e as cotas, já que importante e gerador de votos é idiotizar
a juventude brasileira a tal nível no qual apenas o que é produto da técnica, a
manufatura, o visível é prestigiado. O Brasil precisa só de engenheiros, não é
o que se diz? Aí tudo fica no ponto pra Lula e Dilma iniciarem uma campanha
publicitária do Partido que patrocinou a maior onda de corrupção em nossa
História, com muito poucas pessoas se revoltando. Simplesmente porque NÃO SABEM
pois os professores que tentaram mudar isso estão no ostracismo, como eu. Sei
que estou dando um tiro no pé e, pelo menos em cidades onde esta crônica seja
lida, jamais voltarei a ter um emprego numa fábrica de diplomas dessas. Não
importa, não me calei! De qualquer jeito
nunca seria contratado mesmo. Afinal, sou muito velho e experiente pra ser
professor. Simples assim!
sábado, 27 de abril de 2013
BARBARIDADE! É VERDADE MESMO?
O Brasil é um país maravilhoso. Suas belezas são quase incomparáveis e riquezas naturais invejáveis. Se ainda patinamos no concerto das nações isso se deve à maldita cultura da corrupção que nos foi impingida desde o descobrimento e prossegue hoje em todos os nossos rincões e níveis de governo. Esse é nosso problema central e nada dará certo até que as gerações futuras saibam separar o público do privado. Parece simples mas ainda persiste e devasta todas as nossas boas intenções. Claro que têm coisas que mais incomodam como a brutal ignorância de nosso povo, natural ou adquirida, que faz presenciar o crescimento estúpido de manifestações culturais e desportivas a brutalmente enriquecer pessoas apenas que portam meros talentos naturais. Nosso futebol é um bom exemplo. Nunca houve jogador melhor que Pelé e poucos se igualaram a Tostão e Garrincha, isso válido para qualquer país fora o Brasil. Na verdade as somas que atletas de vários esportes, claro que o futebol destacadamente na frente, ganham hoje são absolutamente incomparáveis com o que conseguiram amealhar esses gênios. Garrincha morreu pobre. dizimado pelo alcoolismo. Tostão foi o maior jogador do mundo depois de Pelé, formou-se e praticou a medicina mas nunca foi milionário. Mesmo Pelé teve que voltar a jogar, abrindo o soccer nos Estados Unidos, para poder ganhar uns trocados a mais, tendo uma vida mais confortável hoje muito mais face aos ganhos com atividades extracampo sustentadas pela sua fama. Estava vendo a Playboy deste mês e fiquei estupefato com alguns dados informados sobre esses biliardários semianalfabetos. Ronaldinho Gaúcho, quando jogou pelo Flamengo, no Rio, comprou uma CASINHA de 3.500 metros quadrados (área total) com duas piscinas semiolímpicas, quatro quadras de tênis, academia e campo de futebol. Para suas farras construiu, no ano passado, uma boate no quintal, com isolamento acústico. O cara não joga mais nada. É um ex-atleta em atividade e não sabe o que fazer com tanto dinheiro. Ronaldo Gordo, ao casar com Daniella Cicarelli, gastou 2,3 milhões de reais só com a festa no Castelo de Chantilly, na França. Como o feliz casal separou-se 86 dias depois, o babaca gastou, só com a festa, 26.700 reais POR DIA. Ao se divorciar da princesinha deixou mais 15 milhões na conta dela. Por favor calcule à razão de uma trepada por dia e veja se não foi uma das mais caras transas desse idiota. Mas ele continua defecando grana. Outro debiloide semianalfa, Neymar, ganha cerca de 4,5 milhões de reais POR MÊS. Comprou um iate italiano, usado, por 16 milhões de reais e, só pra maria chuteira que lhe enfiou um bebê no caminho, entregou uma cobertura no valor de 2 milhões de reais e já comprou um triplex por 1,5 milhões, mansão por 4 milhões, 400 mil num flat e 1,1 milhão em um Porsche Panamera Turbo. Se for convidado a fazer um "O" sentando nu com a bunda na areia da praia de Santos, certamente vai sair um "X". Cristiano Ronaldo, na posição de terceiro jogador mais bem pago no mundo, ganha cerca de sete milhões de reais por mês e tem uma PEQUENA coleção de carrinhos onde se destacam um Audi, uma Maserati, um Rolls-Royce, um Aston Martin tipo James Bond, uma Lamborghini, um Porsche, uma Biugatti e duas Ferraris testa rossa, já que destruiu uma num acidente em 2009. Mario Balotelli, o primeiro crioulo italiano, mandou fazer, para colocar nos jardins de sua cabana em Milão, uma estátua em tamanho natural, eternizando seu gesto imitando o Hulk, ao marcar o terceiro gol na semifinal da Eurocopa de 2012, contra a Alemanha. A estátua é de PLATINA e, para cumprir o excepcional gosto estético do garoto, será folheada em cobre; ou seja, o cara consegue cagar ouro mas o recobre de merda. Pra não enfartar nem vou falar dos ganhos de Messi pois ninguém sabe nem do segundo colocado, que também não é informado. Mesma coisa, neste país, ganham expoentes de nossa "MÚSICA". PE,PE,PE, RA, TA, TA, BUM, BUM, BUM, TERERETETE. Eu tive espasmos quando soube que o salário de Bonner e Fátima: passa de dois milhões por mês. Imbecis como essas neo putinhas nas telas da Globo arrebentam grana pra todo o lado assim como os gênios de Malhação. Claro que não basta formar uma dupla sertaneja ou dar uns bons ponta-pés numa bola, socos na cara do adversário ou requebrar a bunda em direção a uma boquinha de garrafa. Mas, convenhamos, é um absurdo salários tão escandalosos num país onde milhões só comem as sobras que o desgoverno dá ou nem sonham com isso, traçando ratões do banhado, calangos do sertão e outras guloseimas que tais. Nas periferias dos grandes centros, nas áreas de fome endêmica, nos enormes bolsões de seca, passam não só fome como sede ou têm que beber seu próprio mijo. Isso me desespera. Podem pensar que sou um invejoso por não ter atingido esses patamares com meus tantos anos de estudo. Não! Nunca senti inveja mais muita revolta pelas discrepâncias. Acho que tá na hora de melhorar um pouco a distribuição de renda, parar de louvar essas nulidades, reconhecer a importância de muitas profissões vilipendiadas e indispensáveis ao desenvolvimento do país. Penso que, como eu, as pessoas de bem não dormem em paz diante desses absurdos. E veja que os beneficiados não ligam a mínima pras desgraças que vicejam ao lado de suas portas. Possível que isso mude. Nem mesmo a longo prazo. Só quatro gerações após esta, quando os esfomeados vão se multiplicar tanto e tão rapidamente que invadirão condomínios de luxo e roubarão biscoitos à tapa das crianças até então sossegadinhas no meio das praças. Aí o Apocalipse estará próximo e medidas paliativas não mais resolverão. Simples assim!
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Perguntonas que não querem se calar! Será que vão esperar morrer uns 10.000 torrados no escritório, fuzilado na porta de casa, assados no mesmo micro-ondas que dizimou Tim Lopes, afogados, degolados, maltratados e outros ados até perceber que não é comida que resolve o problema da criminalidade (se comida resolvesse isso o Bolsa Família já teria transformado o Brasil na Suécia)? Quanto tempo e vidas desperdiçaremos até que algum gênio desse desgoverno ou de sua base movediça de sustentação perceba que o o Estatuto da Criança e do Adolescente é um trabalho revolucionário e genial na parte que toca ao menor abandonado e uma joia de incentivo à impunidade e à barbárie na parte que trata do menor infrator? Será que só vão se mexer na hora em que morrer um importante membro do desgoverno? Quando entenderão que essa imbecilidade de princípio da punibilidade penal com base na responsabilidade psicológica só funciona na Finlândia e que até na Alemanha vige a Responsabilidade Objetiva (pune-se o crime não conforme a motivação mas em função do RESULTADO)? CACETE, EU NÃO AGUENTO MAIS! E VOCÊ? Então mexad-se antes que VOCê que está me lendo agora saia correndo pra tirar uma Certidão de Óbito, comprar uma sepultura, encontrar um sacerdote ou colocar um aviso fúnebre no jornal em meio à madrugada mais sofrida de sua existência. Aí você vai ficar desesperadamente revoltado mas aí será tarde pois papai do céu só nos criou com uma vida! É o maior valor que possuímos pra ver tão pouco valorizada na mão desses animais (criminosos, legisladores, governantes e magistrados)! E quando lhe falarem que decisões importantes como essa não podem nem devem ser adotadas em meio à comoção de um drama desses, mande o cara que falou isso à puta que o pariu. Bem simples assim!
EU NÃO DISSE?
Desde o dia 11 de março não
escrevo qualquer coisa que me ligue ao mundo exterior. Apesar disso estou vivo
e respirando o que me coloca na categoria de um comunicante que não para de
receber, processar e exteriorizar, em suma, trocar informações. Percebi que há
tempos bato numa tecla interminável sobre o retorno maléfico da espiral
inflacionária. Como ela é um processo insidioso e lento, tal a diabetes do tipo
2, a hipertensão ou um câncer de paciente mas cruel evolução, ao nos apercebermos
dela já não existe tratamento sem muita dor, sacrifícios, renúncias e angústias
associadas. Sua marca principal já está em vigor com o embutir de expectativas
sobre a inflação futura na formação dos preços. Nosso desgoverno aplica
placebos do tipo atrasar reajuste de preços públicos, conter aumentos de
combustíveis e remédios, promover renúncia fiscal buscando incentivar o retorno
dos investimentos privados, enfim, todos os remédios de curtíssimo efeito em
seus passageiros benefícios. Isso tudo já foi tentado ao tempo de estúpidos
planos de represamento de preços do tipo Cruzado I e II, Verão, Collor, Bresser
e nalguns outros de triste lembrança. Os gênios de nosso comando econômico
obviamente sabem que nada disso funciona. O Brasil já jogou fora o bebê junto
com a água suja da bacia. Pior, retirou o feto e está criando a placenta. Quem
era consciente à época lembra muito bem o quão foi difícil vencer a inércia
inflacionária incrustada nos preços, a partir de 1994, durante o governo de Itamar. A genial criação das
URV’s pacientemente utilizadas por quase 2 anos em substituição à moeda pode
mostrar aos brasileiros, principalmente aos de classes menos favorecidas, que
era possível manter os preços estáveis. Os pobres da época sentiram no bolso as
benesses desse sonho: voltar ao supermercado no outro dia e ver que estavam pagando
o mesmo preço que ontem, por todas as mercadorias e, melhor que isso, mais
estupefatos ficariam ao ver que esses preços poderiam se manter estáveis ou
oscilando pouco, PARA MAIS OU PARA MENOS, de acordo com leis simples de
entender com a da oferta e da procura, por longos períodos. Evidente que isso
teve um preço brutal à época: uma disciplina orçamentária férrea e,
notadamente, diminuição colossal das despesas públicas correntes, aquelas que
pagam o funcionamento da máquina estatal. Foi instituído, com enorme sacrifício
do povo brasileiro, um superávit para financiar a dívida pública e manter pelo
menos palatável a dívida externa. Não é preciso esconder que tais medidas
penalizaram de forma violenta os excluídos da vida nacional que foram num
crescendo quase insuportável, paralisando-se praticamente todos os programas
sociais que se mantinham apenas com o indispensável para marcar a já pífia
presença do Estado Brasileiro. Mas hoje sabemos que esse sacrifício não foi em
vão. A inflação estava controlada, detido o perigoso caminho que já
trilhávamos, da hiperinflação, disciplinados os gastos públicos e editada uma Lei
de Responsabilidade Fiscal absolutamente inédita na História do Brasil. FHC
terminou seu segundo mandato com o país envolto em brutal crise internacional
que levou pelo ralo o resto que havia de acumulação de capital público
proveniente da privatização dos serviços prestados pelo Estado. A ascensão de
Lula em 2003 encontrou um país receptivo às mudanças sociais que, em excelente
hora, vieram completar a falha agenda do governo FHC nesse campo. A bem da
verdade, de 2003 a 2009 Lula surfou numa onda crescente de euforia
internacional que levou seu governo a reiniciar a farra fiscal como prática
administrativa, a mesma que tínhamos abandonado com tanto pranto e ranger de
dentes. Os preços das commodities,
base de nossas exportações, atingiram níveis inimagináveis e, como por encanto,
nossas reservas cambiais atingiram um padrão próximo à Índia e Coréia do Sul ,
superando Rússia e África do Sul, sendo batida apenas por China e Japão,
campeões internacionais na acumulação de lastro em moeda estrangeira. Como por
encanto a dívida externa brasileira, uma verdadeira muralha da China em nosso
sapato, foi engolida. Por óbvio não existia momento mais propício para
eternizar a neo-esquerda no poder e isso foi feito com muita competência:
bilhões para entregar comida aos necessitados mas levando os apaniguados junto;
bilhões para obras faraônicas, de muita fachada e pouca eficiência; bilhões
para a criação de milhares de cargos públicos de confiança, aqueles que são
ocupados sem concurso. Os bilhões entravam tão fáceis que começaram a servir a
megalomania do Prof. Silvana DA SILVA, famoso bandido que atazanava o Superman
(ou seria o Capitão Marvel) nos gibis dos anos 50; farto dinheiro para ajudar
os países lusófonos da África e Ásia; muita grana para comprar uma sólida e
folgada base de sustentação do governo, voltada para obter maioria que
permitisse a votação de emendas constitucionais que pudessem ajudar o processo
de assalto ao poder, no melhor estilo de Chavez, Kirschner, Morales, Castro,
Caldera. Tudo alimentando o sonho dos anões: liderar o mundo antes cognominado
de Terceiro. De repente o sonho começa a fazer água com o tsunami (rebatizado
de marolinha por Lula em aparição festiva na TV, cercado pelos papagaios de
pirata que, hoje se sabe, eram muito mais piratas que papagaios). Essa
estupenda crise internacional que minou quase todo o crédito no mundo, rebaixou
o preço das commodities a níveis hoje
alarmantes, engoliu paulatinamente nosso superávit
na balança comercial, pulverizou qualquer possibilidade de desenvolvimento (e
até crescimento nominal) econômico, exigiu um retorno a uma disciplina na
economia e na moeda QUE HAVÍAMOS PERDIDO HÁ TEMPOS. Nada foi feito para
combater a inflação e a desordem fiscal e orçamentária e NADA CONTINUARÁ SENDO
FEITO. O desgoverno já percebeu que precisará aumentar o circo em uma espiral
sem fim, enquanto escasseia o pão justamente na hora de renovação dos
principais cargos eletivos do país. Não importa como esses criminosos
continuarão arrebentando com o país, gastando muito mais do que arrecadam pelo
menos até reelegerem nossa graciosa e sensual sargentona no cargo de PresidentA.
Dane-se se o imposto inflacionário que engole 80% do poder de compra da moeda
antes de fechar o mês já nos carcome diuturnamente. Eles não sentem isso pois
estão sentados em cima do cofre e ainda possuem a chave do maquinário da Casa
da Moeda. Já estão fabricando moeda sem lastro no crescimento da economia. Logo
os ganhos financeiros superarão em muito o lucro dos empreendimentos e nossa
economia VAI PARAR e nossos laboriosos empresários vão passar o comando para os
gênios das finanças que engolirão os dias inteiros chorando tachas cada vez
mais elevadas no overnight. Porra
será que só eu vi esse filme antes? Não se iludam, meu amigo e minha amiga, essa
desgraça JÁ ESTÁ ACONTECENDO. Isto não é Teoria do Caos, Teoria da Conspiração
e muito menos IDEOLOGIA. Isto é FOME REAL. Essa massa de 30 milhões que eles
dizem ter resgatado da linha da pobreza e jogado numa nova classe média, ela
não mais existe. Todas essas pessoas, com exceção de uns dois por cento que têm
a sorte de pegar um apartamentinho (já desabando) no “Programa” Minha Casa
Minha Vida, mora em condições sub-humanas nas periferias dos grandes centros
sem transporte público, sem saúde, sem educação, sem saneamento básico,
adoecendo quase todos os dias e já passando fome, toda essa caterva esgotou seu
crédito na criminosa expansão dos empréstimos consignados; todos, sem tirar nem
por, não conseguiram pagar as prestações do “carrinho”, da TV de 100 polegadas,
da geladeira duplex, do terceiro computador, do quinto celular 4G, ainda que
Ching-LIng. Agora, meus amigos, passado o pleito e reeleita dona Baratona, me
cobrem se estou mentindo ou vão comer teclas de celular, gratinadas com limalha
de pneus, com salada de cubos de gelo e croutons
de isopor ao molho de éter que, aliás, é a comidinha mais leve que você poderá
preparar. O pano de fundo está feito: o déficit fiscal do ano passado já foi
coberto com gulosas dentadas nos já combalidos cofres da Petrobrás, da CEF e do
BB. Toda nossa infraestrutura, grande parte dela construída pelos militares da
Redentora, está completamente sucateada: energia elétrica, estradas, portos,
vias navegáveis, hospitais, escolas, tudo está se acabando e os caras fazendo
remendos com superbonder, dando explicações inverossímeis ou meramente retóricas
e ninguém cobra nada. Há quinze dias foram criados mais sete mil cargos em
comissão. A gastança está garantida e o trator não vai permitir que outro poder
mais alto se alevante, nem o de Deus. Tudo já está garantido: grana pras ONG’s
e OCIP’s, lugar pra todo mundo na farra, principalmente índios, gays e outras
minorias; os patuás já estão distribuídos e os dízimos também. O negócio com o
Além está super mais que protegido. E o que estava faltando, herança da turma
de esquerda do continente e do Caribe, queda plenamente preparado: o Supremo
terá que submeter suas decisões mais importantes ao antro que é nosso Congresso
Nacional; para que seja votada uma declaração de inconstitucionalidade de uma
lei ou emenda constitucional, terá que haver uma impossível unanimidade
impedida pela escolha de títeres do Regime para compor nosso Pretório Excelso;
não existirá mais a súmula vinculante nem a obediência a decisões liminares
monocráticas; os Partidos Políticos que poderiam fazer frente ao Brasiliet
Supremo ou ao nosso Presidium atual, já foram cassados antes de existir. Logo,
logo virão o silêncio da imprensa ao melhor estilo argentino; a fraude nas
eleições, seguindo o exemplo da Venezuela que, morto Chavez elege imediatamente
Chapolim; a proibição a tudo que não interessa ao Regime e, de repente não mais
que de repente, perdemos a Copa das Confederações, outro maracanazzo nos fulmina em pleno Maracanã, tiramos o trigésimo
lugar no quadro de Medalhas das Olimpíadas, proíbem o Carnaval, o cafezinho,
instauram um BBB em nossas casas e Dilma, no seu quarto mandato e para o enfado
de todos apartados da luta, desenvolve um pequeno bigode preto debaixo do nariz
e passa a ocupar a rede de TV interligada desde as eleições e que só toca
marchas militares como na Coréia do Norte, passando a discursar.......em
ALEMÃO. Heil Lula, Heil Dilma, PT über alles. Simples assim!
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