sábado, 29 de junho de 2013

Parece perseguição contra a Globo, e é mesmo!,

Sem ser saudosista, há motivos para que eu seja compelido a ir buscar no passado fatos, elementos e coisas quRosa, considerando as enormes dificuldades de adaptçãoe mostram as mudanças para pior. Hoje, para alavancar a audiência de suas novelas e séries humorísticas, algumas nada mais que PÉSSIMAS, a Globo é obrigada a jogar um programa de uma hora, contendo bajulações insuportáveis, o "Vídeo Show", para perguntar a cor da calcinha ou da cueca do personagem tal na cena xis. Lamentável mas indispensável! Antes a Globo trabalhava, em seu Departamento de Teledramaturgia, com nomes do porte de Paulo Gracindo, Cacilda Becker, Cleide Yaconis, Walmor Chagas, Tônia Carrero, Paulo Autran e verdadeiros ícones do cinema e do teatro brasileiros. Rostinhos bonitos e bundas fartas, não eram, absolutamente, condição para atingir o "estrelato" e a condição, histriônica em sua base, de "celebridade". Monstros sagrados como Aracy Balabanian, Juca de Oliveira, Chico Anysio, Gian-Francesco Guarnieri, Fernanda Montenegro, Flávio Migliaccio, Carlos Verezza, Plínio Marcos, nunca foram, convenhamos, padrões de beleza. Da mesma forma, a direção do complexo não está, há milênios, nas mãos de um megalomaníaco visionário intergalático Walter Clark, aquele que apenas criou o mito da Vênus Platinada; muito menos sob a batuta do criador do Padrão Internacional Globo de Qualidade, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni; muito menos a direção operacional de Daniel Filho, na dramaturgia, Armando Nogueira, no Jornalismo, Walter Avancini, na modernização de equipamentos e Juarez Machado, Ziraldo e Hans Donner, na atualização das descobertas nas artes visuais. Dá pra sentir a diferença? E como eu provo isso! Simples, muito simples! Em 1985, Walter George Durst e José Francisco de Souza, sob a direção do gênio Avancini, a emissora lançou uma minissérie IMPOSSÍVEL de ser adaptada da obra homônima de Guimarães Rosa, GRANDE SERTÃO, VEREDAS, considerando ser o regionalista mineiro um incorrigível neologista, criando palavras nunca antes faladas em português; nem faziam parte de nossos dicionários. Fez o que o irlandês James Joyce, produziu em ULYSSES. As filmagens foram todas realizadas nas locações da Chapada Diamantina, na Bahia. Uma visão da Lua com vida. Para espanto geral a Globo chama Bruna Lombardi, um rostinho belíssimo, sem tradição em representação, para o papel dificílimo de Reinaldo ou Diadorim, um vaqueiro machão que era uma belíssima mulher. Papel denso. Contracenou com ela outra surpresa, Tony Ramos, no papel do jagunço e vaqueiro Riobaldo Tatarana. Quando li sobre, pensei na hora: nunca essa menina vai fazer uma Diadorim convincente e perfeita como pede a obra de Rosa, assim como esse garotão brancão de voz fina vai fazer o diabólico Tatarana. Para meu espanto ambos deram um banho de interpretação e até hoje permanecem no limbo intocável dos artistas que conseguiram essa proeza. Mas o que eu quero destacar é que, Bruna Lombardi mergulhou tão forte no universo masculino, para vestir uma alma diferente daquela Barb de aluguel, que suas menstruações suspenderam durante os exatos quatro meses que duraram as gravações. Porra, a garota virou homem! Quanta tristeza comparar aquilo tudo às peripécias da outra Bruna, a Marquezine. E chega por aqui se não vou começar a xingar de montão. Salve a qualidade! Simples assim! Ia esquecendo, ao voltar pra São Paulo, as menstruações voltaram como um relógio!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

LEMBRETE!

Agora que estou vendo meus dois únicos netos nos braços da mídia das redes sociais (leia-se Facebook!) lembrei de um detalhe muito importante no processo de educação. O ser humano é educado, eternamente, por dois processos básicos: informal e formal! Os processos formais referem-se ao aprendizado nas organizações e instituições educacionais, religiosas, técnicas, científicas e tantas outras. Mas é na educação formal, em sua casa, que ela aprende uma maneira muito peculiar de ler e entender o mundo: mãe, pai, avós e avôs, parentes, padrinhos e vai por aí. Na simbiose entre os dois processos ele vai criando e certamente preservará do berço ao túmulo, os valores básicos com os quais construirá sua conduta. Principalmente na educação informal ela aprende um jeito muito peculiar de entender suas circunstância: os exemplos que presencia, os valores externos que vivencia e, muito importante, as demandas dos diversos grupos dos quais participa, como os de folguedos, de vizinhança, familiar, da igreja, da escola, do clube. Esse contato com grupos cada vez mais complexos (até desembocar, mais tarde, nas organizações onde trabalhará) ajudam a desenvolvê-la em aspectos fundamentais como entender os diversos papéis que desempenhará e os diferentes status que usufruirá ao longo do tempo. Destaco a importância dos grupos notadamente porque eles possuem uma formação ímpar. Possuem metas convergentes e cooperativas mas, ao mesmo tempo, vão roubando as marcas de identidade pessoal de seu filho que será capaz de atitudes impensáveis para satisfazer aos objetivos do grupo, até mesmo fugir de um castigo imposto por você, começar a fumar, experimentar drogas e coisas do gênero, só para não se sentir diminuído diante da coletividade. Atente bem para o que você acaba de ouvir. Sim, seu querido filho que parece uma candura de obediência, de repente começa a seguir muito mais ao grupo que a você. Vai quebrar padrões que você criou e tentou lhe impor. Vai começar a mentir para encobrir os reais objetivos do grupo. Nessa hora, descoberto o problema, NÃO SE DESESPERE! Basta lembrar que seu filho parece muito com você, ONTEM! Basta adiantar o relógio ou mesmo atrasá-lo e rever você no seu filho. Essa é a única forma de se antecipar a qualquer grande asneira que ele esteja fazendo ou fatalmente fará! Simples assim!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Por quê não falei antes?

Mas ainda há tempo! Lá pelo meio do segundo mandato de Nosso Guia ele começou a falar, embalado por índices de aprovação jamais vistos e economia surfando na maior onda de desenvolvimento dos últimos 30 anos, em convocar uma "assembléia nacional constituinte PARA TRATAR DE TEMAS ESPECÍFICOS"?????? VOCÊ JÁ OUVIU ALGUÉM FALAR RECENTEMENTE SOBRE ISSO nos últimos dias? Pois é! Minha mente, horas depois do anúncio, começou a meditar e divagar sobre o assunto confesso que sem entendê-lo muito bem. Mas, como num estalo do Vieira, a coisa se descortinou em seus reais contornos e pensei alto, em 2009: esse cara vai aproveitar os maiores índices de aprovação que um presidente jamais teve no Brasil além de surfar num tsunami de bons ventos na economia internacional, inédito nos últimos 30 anos, para fazer merda! E ia! Instalada essa mini-constituinte, termo que ele usava, ia ser dado um golpe branco no Congresso e aproveitando a rejeição em massa do povo brasileiro a seu Parlamento, para transformar a cláusula pétrea de nossa democracia representativa para transformá-la em democracia participativa. O conjunto das nações que sempre monitora o Brasil por sua posição estratégica, notadamente nas áreas de recursos minerais, água potável e alimentos, que ia ser facilmente engrupida, afinal, porque usar um Congresso desacreditado se podemos ouvir o povo em referenduns e plebiscitos? E aí residia o perigo! Subjacente a isso seria decerto aprovada uma nova constituição com modelo bolivariano e, ao melhor estilo Chávez, Caldera, Morales e Kirschner, onde imaginei o que poderia acontecer. Coisas do tipo criar um conselho nacional de imprensa ou mecanismos constitucionais semelhantes para retornar a censura; submeter tudo que não interessasse a eles, a consultas "populares" utilizando a massa silenciosa alimentada pelas diversas Bolsas; nisso se incluía decisões da Justiça, silenciar organismos sérios como o Ministério Público, a Receita Federal e até a Polícia Federal; acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal, além de jogar para a platéia em diversas decisões populistas, escondendo a verdadeira inflação e intervindo em todos os aspectos da vida nacional que lhes incomodasse. Desde então fiquei atento para qualquer movimento nesse sentido. De repente a Nossa Guia tenta aproveitar e capitalizar o clamor das ruas para tentar aplicar o mesmo golpe. Parece que todo mundo percebeu e as reações foram violentíssimas. Apesar de estrategicamente recuar frente à "constituinte específica" que juridicamente NÃO EXISTE, como boi de piranha do verdadeiro perigo que reside em fazer a reforma política por PEC's, COM PLEBISCITO OU REFERENDUNS. Não se iludam, por trás disso estão TODOS OS DEMÔNIOS DESSE DESGOVERNO, gênios como Lula, Dirceu, Genoíno, Dilma e perigosos apoiadores entre grandes capitais beneficiados, bancos, estatais e "forças progressistas", as raposas dentro do galinheiro, para implantar coisas como: criar cotas de gays para as universidades e empresas; tornar todas as reservas indígenas nações independentes; acabar com o contrato e a propriedade privada, findando nossa revolução verde engolida pela agricultura familiar obrigatória, além de entregar o país para as ONG's de seus interesses. Depois, bem, depois virão as trevas! Simples assim!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ah que judiação.....

Quantas vezes você já ouviu a frase que dá título a este artigo. Muitas vezes. Provavelmente isso jamais lhe incomodou e, é até possível, que você tenha essa expressão no seu vocabulário corriqueiro. Desde muito cedo, meus avós, pais e tios usavam essa expressão com a maior tranquilidade. No nordeste ela é muito usual. Mas, esteja, certo, praticamente em todo o Brasil o verbo judiar é utilizado como sinônimo de mau trato, tortura, ofensa. Acho, do fundo de meu coração, que você, se o usa, JAMAIS se deu conta da brutal carga de racismo e intolerância que ele encerra. Esse termo nasceu, nas línguas neo-latinas (italiano, francês, espanhol, português e até romeno) além de dialetos derivados, coincidentemente com o nascimento e rápida expansão pela Europa, tendo seu apogeu justamente nos países católicos romanos, da vergonha chamada de Santo Ofício da Inquisição, movimento que durou mais de um século, mas que vicejou na intolerância dos mosteiros jesuítas de Santo Inácio de Loyola. Milhares de judeus que habitavam a Europa ocidental foram banidos para a parte oriental do continente, especialmente a Rússia, para escapar do verdadeiro morticínio que se instalou em meio ao povo hebreu; ou então tiveram que abjurar e apostatar de sua fé milenar, "aceitando" o cristianismo através do sacramento do batismo e consequente troca de seus nomes (coisa que, na prática jamais aconteceu, no recôndito dos lares judeus, onde o judaísmo SEMPRE FOI CULTUADO MESMO ÀS ESCONDIDAS). Como não havia tantos nomes para abrigar milhões de judeus, chamados de cristãos novos, os jablonski, levih, streissman e outros que tais foram substituídos por nomes dos santos ou da sagrada família cristã e os padres incentivaram, como sobrenomes, as denominações de objetos ou animais existentes na natureza. Daí a proliferação de carneiros, lobos, oliveiras, parreiras, leões, barros enfim, tudo o que não era nome cativo de utilização do povo católico. Todos esses nomes, e você poderá fazer um exercício de memória, teve berço nos judeus obrigados a abraçar a fé cristã ou morrer na fogueira. Essa intolerância tem sua origem na forma de interpretação das chamadas sagradas escrituras, especialmente no Novo Testamento, originariamente escrito em Grego e depois traduzido para a Vulgata de São Jerônimo, em latim. A colocação de Jesus como vítima dos judeus; o ódio concentrado e espalhado pelo mundo cristão sobre o papel do povo de Jerusalém, que O recebeu um domingo antes, em glória, pela páscoa judaica, e já na sexta-feira teria protagonizado a ignomínia de sua paixão e morte cruel. Nada menos teologicamente correto que essa estúpida interpretação. Se você é cristão e conhece a Bíblia e o Novo Testamento, sabe que Jesus veio ao mundo para morrer trazendo em seus ombros TODOS OS PECADOS DO MUNDO DESDE SUA CRIAÇÃO. Sua morte na cruz romana, em total agonia, já estava comunicada a Ele, se você acredita que Ele é Filho de Deus e o próprio Deus feito homem, tendo ressuscitado e hoje sentado no trono de glória à direita do Pai. Pois bem, Jesus, desde os céus, já sabia disso. Tanto sabia que suou de tanta angústia, o suor de sangue do temor de sua parte HUMANA, sobre a dor que sofreria, quando orou no Jardim do Getsêmani, em Jerusalém. Além disso, Jesus poderia ter vindo no seio de outro povo que não o de Israel. Poderia ter sido romano, grego ou oriental, MAS NÃO ERA! Era judeu. E como judeu praticou e respeitou sua religião de nascença e tradição até ter se afastado para o deserto e se declarar pronto para enfrentar sua dolorosíssima missão, iniciando seu ministério três anos antes de seu sacrifício. Não abjurou o povo de Israel, sua gloriosa nação de nascença, tendo pedido ao Pai, em uma das últimas intervenções antes de entregar seu espírito ao Criador, que perdoassem a romanos e judeus porque não sabiam o que faziam. E eles não sabiam mesmo! Quem conhece um judeu e respeita o povo e a fé como eu, desde criança, sabe que aquele povo combativo e valente, JAMAIS PODERIA TER TOMADO OUTRA MEDIDA, perante o que lhe parecia uma enorme heresia, senão matar um irmão que afirmava ser o Messias anunciado pelos cinco grandes profetas (Elias, Daniel, Ezequiel, Isaías e Zacarias), apenas dando como prova sua própria afirmação que era o Filho de Jeovah anunciado por esses grandes profetas. Para os judeus Jesus era um louco e para os romanos um revolucionário que tinha vindo afrontar a grandeza de César, o único crime "inafiançável". Apesar de tradição engraçada, a mesma coisa se dá com a malhação de Judas. Judas Iscariotes nada fez que Jesus já não soubesse, tendo anunciado sua "traição" na Santa Ceia e quando recebeu o beijo dele. Judas não traiu a ninguém! Serviu de flagelo de Deus para entregar Jesus a seus matadores PORQUE ALGUÉM NO MUNDO TERIA QUE FAZÊ-LO SE NÃO A MISSÃO DO SALVADOR NÃO SE TINHA COMPLETADO . Se Judas não tivesse aceito os trinta dinheiros para entregar a localização de Jesus, certamente Deus-Pai teria designado outro ser humano para cumprir seu papel, ainda que terrível, no esquema de salvação do homem da condenação eterna, segundo a nossa fé e as Escrituras. Quando eu era criança, não sei explicar bem a razão, nunca me senti bem em usar as expressões JUDIAR E JUDIAÇÃO, em lugar de perseguição, tortura e maus tratos, como já afirmei acima. Por causa dessa estupidez que se mantém por dois milênios, o povo de Israel sofre as consequências de tanto preconceito e intolerância, ao redor de todo o mundo, especialmente do mundo cristão. Shalom, vó Esther Levy, onde quer que você esteja. Shema Israel! Ouve minha voz de protesto e solidariedade. Simples assim!

domingo, 23 de junho de 2013

A TERRA E O OVO!

Dependendo do observador a Terra é um ovo ou um imenso gigante suspenso no Cosmos. Só aqui, no nosso minúsculo sistema solar, Júpiter e Saturno (apesar de gigantes gasosos) e Urano (massa como a da Terra)  são maiores. Mas, para um ácaro, uma bola de basquete deve se assemelhar ao planeta em que vivemos. Tudo muda conforme a grandeza do observador e do observado. Vejam o que me aconteceu hoje de manhã! Moro num condomínio muito bem localizado na parte mais viva de Belém. Tem horas que me lembra Copacabana de madrugada: tem sempre gente (viva, é óbvio mas é prudente lembrar) passando, bares abertos e tudo o que me faz bem aos quase 66. Por isso insisto em ficar neste lugar de classe "d", carinhosamente chamado de "Carandiru" pela minha família. Realmente só para chegar à minha porta passo por três portas de grade que fazem barulho de ferrolhos grandes se movendo, exatamente como deve ser em um presídio. Os prédios (pavilhões) são muito simples e os corredores (alas) dão acesso aos apartamentos minúsculos (celas). Talvez por isso a vizinhança não é muito de arreganhar sorrisos nem trocar cumprimentos mesmo informais. A maioria mora de temporada e tem sempre pressa. Quebrei um pouco o protocolo fazendo uma amizade de vizinhança com o morador da minha esquerda, um simpático professor do ensino médio. Mas, o que sempre me impressionou foi o vizinho da porta seguinte. Um homem de idade talvez um pouquinho maior que a minha, porte de atleta, alto, magro mas sarado, cabelos e cavanhaque muito brancos, como algodão, fartos e sempre bem cuidados. Exala cheiro de colônia de boa qualidade e está sempre bem vestido. Não tem aquela curvatura nas costas, sempre ereto. Tenho raríssimos contatos com ele mas, sempre que ocorrem, trocamos palavras muito gentis, percebendo uma voz bem colocada e vernáculo escorreito. O máximo que nos permitimos foi a troca de nomes, Antonio ele e Sérgio, eu. Hoje pela manhã descemos juntos pela escada como sempre com pequenas intervenções formais do tipo a quanto tempo não nos vemos, como vai tudo e coisas do gênero. Notei que não nos dirigimos para a saída do condomínio mas em direção ao nosso amigo comum Tony, um americano de Memphis, Tennessee com quem treino meu inglês diariamente pra não perder a embocadura (ele já me falou, para meu gáudio, que tenho sotaque bostoniano, ora vejam só!). Falando com Tony em inglês notei o silêncio do Antonio, pedimos desculpas e continuamos a falar em Português quando passa uma mocinha fugindo do cachorro do Tony, que enche o saco de meio Carandiru mas nunca havia mordido ninguém, Dessa vez ela deu uma babada na batata da perna da menina, claro que protegida pela grossa calça jeans. Ela passou a mão na saliva umedecendo-a. Antonio lhe disse: vá lavar pois isso é perigoso; minha sogra morreu de hidrofobia mordida de leve por um cãozinho da casa que passou um dia na rua. Lembrei-me de história igual, ocorrida em minha infância com a esposa de Atreu Baena, um velho amigo de meus pais e falei o caso. Aí ele se espantou e disse: estamos falando do mesmo caso! De onde você conhece aquela família? Eu falei que era o caso da esposa do Atreu, pai do Emílio, Verinha e Ronaldo e como eu os conhecia até passando férias na fazenda Curuxís, no Marajó. Aí ele mais espantou-se: Eu sou o ex-marido da Verinha e você. Então quase gritei, com minha memória paquidérmica: Antonio Manoel Santos Silva Pimentel Piqueira? Ele disse sou eu! Terminei já explicando: sou o Luiz Sérgio e ele completou, filho da Raquel e do Alair, irmão mais novo do André? Findamos, tão rápido quanto já exigia nosso jejum, ouvindo nossas histórias sobre quem morrera e onde estava o resto do pessoal. Agora não somos mais Antonio e Sérgio, dois desconhecidos, mas Piqueira e Luiz Sérgio, dois colegas contemporâneos de Colégio Nazaré, com histórias muito próximas! Ah, ele está com 69. Simples assim!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O ÓPIO DO POVO!

ATENÇÃO meus eventuais, raros mas queridíssimos eleitores, vou lhes propor um joguinho. Não essas merdas com as quais enchem meu saco, todos os dias, pedindo para eu jogar Pet Rescue, João das Couves e uma porrada de coisas similares. Este é um jogo fundamental como a própria vida! Por favor, O TEXTO ABAIXO, você vai lê-lo integralmente, se tiver tempo e saco. Como ele é um porre pois se trata de Filosofia Política Pura primeiro você dá uma lida, superficial que seja, só pra tentar entender o que ele tenta dizer. Aí você COMEÇA O JOGO. Preste bem atenção: aonde existir a palavra RELIGIÃO, você a substitui, simplesmente, por REDE GLOBO. Depois você vai, afinal, entender quem e o que é o verdadeiro ópio do povo. Vamos começar? Sentadinho na cadeira? Então lá vai:

A frase está na Crítica da filosofia do direito de Hegel, obra escrita em 1843 e publicada em 1844 no jornal Deutsch-Französischen Jahrbücher, que Marx editava com Arnold Roge. Seu contexto imediato é o seguinte2 :
"É este o fundamento da crítica irreligiosa: o homem faz a religião, a religião não faz o homem. E a religião é de fato a autoconsciência e o sentimento de si do homem, que ou não se encontrou ainda ou voltou a se perder. Mas o Homem não é um ser abstrato, acocorado fora do mundo. O homem é o mundo do homem, o Estado, a sociedade. Este Estado e esta sociedade produzem a religião, uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido. A religião é a teoria geral deste mundo, o seu resumo enciclopédico, a sua lógica em forma popular, o seu point d'honneur espiritualista, o seu entusiasmo, a sua sanção moral, o seu complemento solene, a sua base geral de consolação e de justificação. É a realização fantástica da essência humana, porque a essência humana não possui verdadeira realidade. Por conseguinte, a luta contra a religião é, indiretamente, a luta contra aquele mundo cujo aroma espiritual é a religião.
A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do povo.
A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real. O apelo para que abandonem as ilusões a respeito da sua condição é o apelo para abandonarem uma condição que precisa de ilusões. A crítica da religião é, pois, o germe da crítica do vale de lágrimas, do qual a religião é a auréola.
A crítica arrancou as flores imaginárias dos grilhões, não para que o homem os suporte sem fantasias ou consolo, mas para que lance fora os grilhões e a flor viva brote. A crítica da religião liberta o homem da ilusão, de modo que pense, atue e configure a sua realidade como homem que perdeu as ilusões e reconquistou a razão, a fim de que ele gire em torno de si mesmo e, assim, em volta do seu verdadeiro sol. A religião é apenas o sol ilusório que gira em volta do homem enquanto ele não circula em tomo de si mesmo.
Conseqüentemente, a tarefa da história, depois que o outro mundo da verdade se desvaneceu, é estabelecer a verdade deste mundo. A tarefa imediatada da filosofia, que está a serviço da história, é desmascarar a auto-alienação humana nas suas formas não sagradas, agora que ela foi desmascarada na sua forma sagrada. A crítica do céu transforma-se deste modo em crítica da terra, a crítica da religião em crítica do direito, e a crítica da teologia em crítica da política."

A frase está na Crítica da filosofia do direito de Hegel, obra escrita em 1843 e publicada em 1844 no jornal Deutsch-Französischen Jahrbücher, que Marx editava com Arnold Roge. 

EU ACHO QUE É A COISA MAIS SÉRIA QUE EU JÁ FIZ EM 65 ANOS DE VIDA. PELA CASSAÇÃO DA CONCESSÃO DA REDE GLOBO!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Efeito Colateral!

O que dá pra rir dá pra chorar. A rede globo nunca cobriu uma escassa manifestação do Diretas, já! Não lhe interessava sair da zona de conforto da Ditadura pelos corredores de onde transitava como uma bailarina do Bolshoi. Quando Collor deu as costas para seus idealizadores, os Marinho, posando de Presidente eleito em que pese Brizolla ter ganho de Lula o primeiro turno. Isso faria de Collor uma presa provavelmente fácil pra ser engolida pelo caudilho. Lula era mais fácil combater. Editaram o debate e trouxeram Luriam para a ribalta. Lula sifu por pouco. Garantido o garotão no poder, lá vão os Marinho cobrar o quinhão, quando Fernandinho dá uma de desentendido e o resto da história todos já conhecem. Nos episódios recentes, tentou ficar em cima do muro com aquela coisa de chamar o movimento de "protestos de rua contra a alta dos preços dos transportes urbanos". Quando viu que não dava mais para segurar entrou na onda, semprepegajosa, quiabenta, sem se posicionar. Hoje assistia eu uma enorme cobertura do Jornal de Hoje sobre as manifestações quando, de repente e terminada a edição do Jornal, o chamado locutor fantasma (ghost speaker) que só fala e ninguém vê a cara anuncia: assista agora ao VIDEOSHOW! Aí caí em mm! Era a primeira vez que um brasileiro de inteligência de pobre a mediana poderia perceber, ainda que só de leve ou de raspão, o quanto alienada e alienante é a programação de nossa TV aberta, com a Globo capitaneando. Qualquer um idiota de carteirinha ou boçal na forma da lei ou ainda ignorante como um aldeão do século XVII poderia, afinal, sentir um inexplicável desconforto em sair, abruptamente, de assunto tão sério, para se esborrachar na vala comum de Ana Maria Braga, Fátima Bernardes, Faustão, Pedro Bial e seu BBB, o já citado VídeoShow, Luciano Huck, Novelas e outras merdas do gênero. Não tenho certeza mas, mesmo o mais estúpido dos brasileiros comuns, poderá ter pensado: porra! O país tá quebrando e sangrando e esses caras tão falando de Tê, Tererê, Tê, Tê; Tchan eu quero tchan e .... Simples assim!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Só um pouco de respeito!

É o que ouso pedir aos membros do desgoverno brasileiro. Respeito ao passado, muitas vezes glorioso e heroico, de muitos de vocês. Respeito por esses meninos e meninas que estão tomando porrada, bala de borracha, bomba de efeito moral e gás lacrimogênio, muitas vezes mesmo não entendendo por que estão lotando nossas ruas em grandes centros urbanos que estão se multiplicando, cada vez mais. Respeito às nossas inteligências acerca das explicações simplistas de que são protesto contra 20 centavos a mais no preço das passagens de transportes urbanos, no caso de São Paulo; será que tudo isso é, mesmo, massa de manobra do PSOL e do PSTU?  Será que isso tudo pode ser jogado na vala comum de ações eleitoreiras? Respeito ao tempo que vocês é que levavam borracha no lombo e vociferavam por todos os meios de comunicação seu slogan eterno "FORA FHC"  que agora não tem mais sentido de existir. Respeito pela coragem que essas crianças hoje demonstram, a mesma coragem que vocês tiveram, DESDE A DITADURA,  PASSANDO POR COLLOR (que hoje é um dos mais prestigiados aliados de Lula e a vossa camarilha), até chegar à luta frente ao neoliberalismo, a globalização e as privatizações (que vocês hoje já estão adotando como importante política de vosso desgoverno). Respeito pela obtusidade córnea e má-fé cínica que vocês demonstram ao não perceber que isto vai continuar e crescer. Respeito pelos MILHÕES de brasileiros que irão logo, logo às ruas não para protestar contra preço de passagens de transportes urbanos, mas sim contra o que eles vêm diariamente na TV; vêm ocorrer em casa ou no vizinho ou mesmo na empregada, todos sofrendo com a mais deslavada corrupção que jamais houve antes; com a verdadeira matança de crianças no cotidiano de violência que fazem Herodes corar de vergonha desde sua Tumba na Jerusalém, sem fala na queima de profissionais em seus locais de trabalho repetindo o Coliseu de Roma à época de Nero; a falta de tudo, escolas, saúde, saneamento, infraestrutura, enquanto eles vêm bilhões sendo jogados nas torneiras abertas da sacanagem dessas construções desnecessárias e absurdas para esses megaeventos que em nada contribuirão para nosso desenvolvimento, apenas atender à megalomania de Lula, Dilma e outros Deuses Brasileiros da Era Contemporânea que tinham que criar super espetáculos para garantir o futuro de milhares de corruptos até a décima geração e até a consumação dos séculos. Respeito pela a Nova Classe Média que vocês mesmos criaram e agora tomam consciência das coisas e passaram a enxergar o que vocês faziam às escondidas. Sim, minha querida Presidenta, não interessando a que partido pertençam e repetindo seus jovens pais que também foram às ruas pelo Diretas Já; pelos seus tios mais novos que encheram nossas ruas pra defenestrar do poder um corrupto, Collor, que hoje faria corar de vergonha qualquer brasileiro que assim o considerasse diante do que vocês fazem. Não duvidem, os 500 que começaram e já são 100.000 hoje, amanhã, para minha vergonha de brasileiro covarde, serão mais de um milhão e depois milhões. Eles nada fazem do que cobrar coerência de vocês, entre o discursos de pais da ética e a realidade atual de avós da vergonha. Não duvidem, ELES NÃO VÃO PARAR, não até derrubar um governo pois eles não são do PIG, mas até desentortar a honra de vocês. Simples assim!

domingo, 16 de junho de 2013

Resultados!

Será que existe algum indicador específico que meça quantas famílias atendidas pelo Bolsa Idem já foram emancipadas a ponto de pedirem sua retirada do Programa? Ou tudo não passa de simples e deslavada troca de comida por voto, uma prática nova no Brasil, né? Homessa, desde o tempo que se amarrava cachorro com linguiça os currais eleitorais já existiam. Nos tempos atuais, contudo, foram reinventados, revistos e ampliados a ponto de caber uma nação inteira dentro deles. Medir desenvolvimento sustentável dessas famílias pelo incremento nos pedidos de empréstimos a juros escorchantes ou na compra de um fogão melhor um pouquinho beira a crime de lesa estado. Um Programa com um mínimo de seriedade teria medido, antes dos ingressos, a condição sócio-econômica dos atendidos segundo métodos aceitos pelos organismos internacionais do tipo: melhora de ingesta de nutrientes nobres; queda nos índices de mortalidade infantil por desnutrição nos grupos de risco (recém-nascidos, grávidas, lactentes e lactantes); melhoria dos índices de morbidade; melhor e maior informação nutricional para evitar ingestão de nutrientes de pobre efeito plástico dos zero aos quatro anos, propiciando negativamente a formação de gerações de idiotizados incapazes de reter conhecimento; queda nos índices de absenteísmo escolar; baixa dos índices de repetência nos níveis internacionais e não alargando as portas do falso saber, promovendo todos no fim do ano; melhoria nos índices de articulação e mobilização comunitárias e incentivo à criação de grupos de mutirão para ajudar nos serviços municipais e troca de serviços inter-familiares como a construção de fossas sépticas e outros equipamentos de uso comum tais como escolas, creches, postos de saúde, reformas de unidades de saúde e educação e coisas similares; participação obrigatória em programas de alfabetização de adultos, profissionalização, técnicas de cocção para evitar perdas, economia doméstica etc.; coordenação com todos os demais programas, organismos governamentais e não-governamentais para evitar superposição de atividades e consequente perda de recursos sempre escassos. Será que dá pra notar quantas coisas importantes e sustentáveis poderiam ser feitos se esses "Programas" fossem Programas de verdade? Usem um resto de honestidade intelectual que vocês tenham e, já que vão se eternizar no poder de qualquer jeito, façam algo duradouro pelo país e transformem essas esmolas eleitoreiras em coisas sérias. Vocês poderiam afinal entrar na História pela porta da frente como o maior governo de todos os tempos. Têm tudo pra fazer isso. A não ser que prefiram ler este texto e desancá-lo como mais uma tentativa de golpe pelo PIG. Um pouco de clarividência e patriotismo seria muito bem aceito ah, também só uma restiazinha de humildade. Simples assim!

sábado, 15 de junho de 2013

Luis Almeida Marins Filho - PhD em Antropologia Organizacional

Esta crônica é dedicada a Cássio Seixas que conhece o Professor e a história melhor que eu!
Marins é um gênio no encontro de soluções para melhorar o desempenho das organizações através da motivação das pessoas e da definição de objetivos prioritários. Fez seu Mestrado usando o método de Observação Participante, no meio dos Xavantes da Ilha do Bananal. Como é baixo, moreno e de cabelos lisos, foi aceito pelos indígenas sem muitos problemas de adaptação. Resolveu fazer seu Doutorado buscando, com o mesmo método, o que motiva seres pré-históricos como os bosquímanos na África do Sul e os Aborígenes na Austrália, a viverem em ambientes desérticos e intensamente inóspitos, sem a tentação de se deslocarem para o litoral, onde tudo é mais fácil. Embrenhou-se pelos desertos na região central da Austrália onde escasseia a água e os alimentos. Na verdade, tirando cangurus, dingos, gatos selvagens, só resta um animal dócil para fornecer a proteína necessária: o emu, primo distante das emas e dos avestruzes. Marins, primeiro, aclimatou-se mostrando fotos do Bananal e dos Xavantes. A aparência de tamanho e cor da pele mais uma vez aproximou os aborígenes dele. O emu é morto duas vezes por ano em grandes caçadas onde tudo é preparado com muita antecedência para a viagem que pode levar meses. Depois de mortos, as carnes são conservadas em sal mineral e outras ervas só deles conhecidas. A caça consiste em abrir um imenso meio círculo de alguns quilômetros, com um caçador (com lanças e flechas) a cada 300 metros, mais ou menos. Vão fazendo barulho, acossando o bando em direção a uma  montanha ou precipício onde fiquem cercados, virando presas fáceis. Na noite anterior eles vestem trajes cerimoniais e um deles é escolhido para personificar o emu. Bebem sua mescalina (bebida alcoólica forte, tirada de cactos), colam as penas no dançarino-emu e bebem e dançam a noite inteira. Ao final do ritual, eles fingem matar o emu. Nesse exato instante, todos riem muito alto, se abraçam e comemoram. Afinal, eles acabaram de matar o emu. Fica apenas faltando ir buscá-los na caçada. A certeza de que o emu já está morto, segundo Marins, chega a chocar. Nas instruções prévias e sendo baixo e míope (que enxerga muito melhor de perto), foi escolhido como batedor de frente. Ensinaram-no como eram as pegadas do emu: três riscos no chão, sob forma de raios. Deixaram bem claro para ele que seu único objetivo era ENCONTRAR PEGADAS DE EMU. Em meio da caminhada Marins percebeu que, bem no seu caminho tinha um enorme diamante incrustado em uma pedra e total à superfície da terra. Deu um berro de susto que foi seguindo, imediatamente, de centenas de aborígenes correndo em sua direção, desmontando a formação original, gritando emu, emu? Ele diz que não mas era um baita diamante. Tomou um senhor esculacho do cacique e foi advertido que não estava ali para procurar diamantes mas as pegadas do emu. Diamantes não se comem, Emus sim! Já pela tarde viu um tipo raríssimo de besouro gigante e alvoroçou sua descoberta aos berros. Desmancha toda a formação e lá vem a leva de aborígenes gargalhando e gritando emu, emu, emuuuuuuuu! Verificado que ele perturbara os objetivos do grupo com mais uma descoberta que nada interessava, o cacique o destituiu e o deserdou para trás do círculo. Já ia escurecendo quando ecoou o grito de EEEEEEEEEEEEEEMMMMMMMMMMMMUUUUUUUUUUUUUUUUUU! Era um enorme bando. Cercado e encantonado na beira de um monte de pedra, eles colocam um sonífero feito naturalmente por seus ancestrais, na ponta das flechas e lanças. Aproximam-se dos emus e começaram a conversar com eles, chorando copiosamente pela matança que iriam realizar dentro de minutos e pedindo perdão. Explicando que a sobrevivência do grupo só existia porque eles, emus, a garantiam, mas que só iriam matar os estritamente necessários para serem salgados, armazenados, durando seis meses até a próxima calçada. Dopavam os animais e, só depois, os sacrificavam. Voltavam em grande algazarra, conversando muito sobre o ritual de prévia caçada, como se confirmassem que os emus já estavam mortos quando ocorrera a dança. Autorizado pelo Governo da Austrália para aquela única pesquisa e mais nada, Marins nunca mais os viu nem voltou às suas terras. Mas aprendeu a importância na realização de objetivos na vida, classificados por importância, um de cada vez. E como você pode motivar seus colaboradores a darem o melhor de si mesmo se desviar desse norte. Isso gerou sua tese de Doutoramento na London School of Economics, sendo um dos primeiros profissionais no mundo e o primeiro do Brasil a conseguir o grau de Doutor em Antropologia Organizacional. Simples assim!

Honestino!

Tenho a mais absoluta certeza de que, em muitos dos meus escritos memorialistas, há os que desconfiam da verdade sobre o que descrevo. Infelizmente ninguém nasce com a tarja de HONESTO E COMPETENTE escrito na testa, daí a proliferação de tantos ladrões mentirosos neste lado da fronteira. O que posso falar é que, muitas vezes, quase sempre sem querer, somos testemunhas oculares da história como aconteceu nos últimos momentos em liberdade, de Honestino Monteiro Guimarães, que presenciei ao lado de Vladimir Meirelles de Almeida grande amigo dos tempos de UnB (Matrícula UnB 185-66, junto com Mário Célio Caetano, 510-66 e Luciano de Mello Figueiredo, 18-66. A minha era 118-66), goiano de Morrinhos, filho de ferrenho comunista (ele homenageava Lenin no nome e seu irmão mais novo, Andrei, imagino que o eterno Chanceler soviético Andrei Gromiko, um ícone eterno da diplomacia internacional). Vladimir deve ser, hoje, funcionário aposentado da Câmara Federal. E ele estava comigo nos fatídicos momentos já descritos em outra crônica, com a riqueza de detalhes que me é peculiar, infelizmente. Quando cheguei a Brasília, em dezembro de 1964, meu irmão André, comunista por formação, convencimento e proselitismo me deu lições sobre o marxismo (muito bem abrilhantadas pelo José Araripe de Souza Jr. e sedimentadas pelo andarilho revolucionário colombiano, Hugo Arango Fernandez, em passagem pelo Brasil e hospedado em casa). André não era filiado a nenhum movimento ou partido, mas era confiável e com livre trânsito entre todas as tendências. Em meu primeiro passeio em Brasília, me levou direto à UnB para conhecer as pessoas que enfrentavam o regime ditatorial, sendo minha primeira parada a sede do CA (Centro Acadêmico da UnB) dirigido por Honestino Monteiro Guimarães. Impressionou-me a fraqueza física evidente de um revolucionário de escol: baixinho, joelhos arqueados para trás, pele avermelhada de tão branca, cabelos louros naturais e cacheados como o Pequeno Príncipe idealizado por Saint-Exupèry, porém meio enferrujados. Os olhos eram azuis mas apertados, pequenos e escondidos por um quádruplo fundo de garrafa. Vivia ora sorrindo, ora rindo solto, mexendo os ombros, naquele riso que todo o corpo participa. Meu irmão o tratava com mais que respeito, deferência e admiração. Ouvia sua prosa solta como se fosse um grande mestre e que ele era na verdade. André me explicou  o que cada um fazia sem praticamente comunicarem-se uns com os outros: turma do Partidão de Prestes, o Cavaleiro da Esperança, recebia financiamentos para as campanhas revolucionárias; PCdo B, da linha mais independente do Albanês Enver Hodjxa, não se bicava com a turma do Partidão pois foi um cisma que saiu dele. Os Maoístas eram abrigados na POLOP (Política Operária) e reivindicavam a luta armada desde sempre. Tinha o pessoal da AP, também chamada de Associação dos Cristãos Comunistas, ligados à esquerda católica. Além disso, havia os ultrarrevolucionários VAL-Palmares e MR-8, defensores e praticantes da luta armada sempre. Honestino bailava livre entre todos, com aquela aura dos líderes internacionais, aqueles que têm seguidores. Conheci meu ex-sogro, já falecido, Gerson, em um depósito de ervas e temperos, no atacado. Apresentou-me a seu sócio que só chamou de Monteiro e me falou que era o pai de Honestino. Monteiro tinha espírito guerrilheiro e mostrou ao Gerson e mencionou para mim, seus planos para explodir o oleoduto Rio - Belo Horizonte, nunca concretizado. Sua esposa, Da. Maria Rosa, com cara de Madona muito sofrida, era muito amiga de minha ex-sogra, Da. Graci e seu irmão mais novo, Norton, era colega de Elefante Branco de minha ex-esposa. Só me mencionou Luiz Carlos, o irmão do meio, en passant. Ela me falava sobre o ativismo político de Honestino, e a neutralidade de Norton que absolutamente não se intrometia em política nem, muito menos, nas atividades do irmão. Da. Maria Rosa fazia novenas com Da. Graci com medo que acontecesse ao filho o destino que afinal ele teria. Honestino não era um brilhante orador já que seu carisma não vinha da arte de Fidel. Mas quando ele falava, nas Assembleias Gerais do CA, levantava os estudantes em delírio, com suas argumentações. Honestino Monteiro Guimarães sumiu naquela tarde de terça feira e nunca jamais ninguém o viu vivo. Vezes há em que passa um vento brando mas morno que eu identifico como seu espírito inquieto passeando pelo país. No fundo, Honestino vive. Graças a Deus morreu antes de presenciar o quê seus companheiros, camaradas e contemporâneos fizeram e fazem no Brasil de hoje. Deus, no fundo, foi muito com com o Ateu Honestino. Simples assim!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Erro de avaliação!

Estou desconfiando que errei em minha avaliação e fui, para tanto, alertado por meu amigo Sérgio Couto e seu amigo Francisco Bordallo. Sempre pensei que esse movimento popular que toma fôlego no país fosse coisa do governo pra jogar a Oposição contra a opinião pública. Mas, sei não, a coisa está tomando foros incontroláveis. Sempre critiquei a covardia e cordialidade do povo brasileiro, pra não dizer medo mesmo, sobre a eficácia de movimentos populares, principalmente com o sacrifício de vidas humanas. Mas, a bem da verdade, os exemplos das Praças Tahir, no Egito e Taksim, em Istambul estão pulsando na net pra todo mundo ver. Exemplos como a chamada Primavera Árabe que apearam do poder ditadores famosos e sanguinários pode ser um elemento multiplicador. Mas o que se mostra, são as carnes vivas de nossa juventude, nossos estudantes, nossos trabalhadores, os moradores nas periferias dos centros urbanos, que almejam algo mais do que uma esmola do Bolsa Família. O desencadeamento de uma espiral de violência incontrolável e incontrolada, de norte a sul "DESSE PAÍS", como falava Nosso Guia, com atos absurdos como queimar pessoas, matar por prazer e outras coisinhas, isso não pode mais se manter se as respostas são sempre retóricas de que os índices de violência estão diminuindo. Ninguém quer saber de taxas e índices quando está enterrando um filho jovem, um marido, um amigo, um pai, tio ou avô. Porra, as pessoas são tocadas como gado humano no cotidiano das cidades brasileiras em transportes sucateados e sem qualquer mobilidade urbana que é propalada em prosa e verso. Só palavras. O empresário já não suporta o custo Brasil. Os nossos fazendeiros não aguentam ser expulsos de suas terras produtivas por índios orquestrados sem qualquer respeito à propriedade enquanto são eles que carregam o país nas costas, gados e lavouras. As pessoas, de qualquer classe sócio-econômica, estão no limite das suas forças quanto à educação e a saúde públicas sucateadas. Os ouvidos já não mais suportam respostas de que tudo será resolvido em 2024. Diferente do que afirmam esses tresloucados, se passa muita fome no Brasil. Quem suporta comer calango, ratão do banhado e pomba avoadeira, beber lama enquanto bilhões vão pelo ralo numa série de eventos esportivos conquistados SÓ PARA SERVIR DE PASTO PARA DESLAVADAS ROUBALHEIRAS MAS COISA DE BILHÕES DE DÓLARES? As pessoas já pouco resistem ao ufanismo da rede globo que mostra um Brasil que não existe e uma estrutura familiar que destrói a célula mater da sociedade. As pessoas estão sem entender o porquê de tanta impunidade. Polícia prende e a Justiça solta! Projetos de lei e Emendas Constitucionais são feitas para amordaçar as entidades sérias e que estão no encalço desses bandidos. Toda a corrupção já é feita às claras e desavergonhadamente. No plano internacional Nações inteiras são postas de joelhos por uma política que busca enriquecer os cofres de governos corruptos enquanto o já sofrido povo paga a pena. Espanha, Portugal, Grécia, Turquia e, logo, logo, França, Itália e Inglaterra vão correr a sacolinha. Todo dia cria-se uma estatal nova. Arrebenta-se com os cofres da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa, do BNDES, Correios pra fazer superavit artificial para segurar uma inflação há tempos incontrolável. É, meus caros Bordallo e Couto. Sim, é muito possível que a paciência tenha estourado e, afinal, nosso sangue seja derramado nas ruas para resgatar esta Nação das mão de uma quadrilha já internacionalizada e recolocá-la em nossas mãos, pessoas de bem e que não se deixaram encantar por esse mortal cântico de sereias. Simples assim!

DESAFIO!

Lanço um repto a você que defende apaixonadamente tudo o que o PT, Lula, Dilma, Dirceu, Genoíno, todos juntos (você sabe a quem me refiro) fez e faz. Você que considera membro do Partido da Imprensa Golpista a todos que discordam do pensamento único que você defende e que não admite contestação. Você que é o dono da verdade e me olha de cima para baixo como um verme só por ousar discordar de que Cuba não é ditadura, Venezuela, Equador e Bolívia são democracias sólidas e o Bolsa Família é o maior programa social na história do mundo, talvez desde o New Deal de Roossevelt ou muito maior. Finalmente, você que afirma que o Mensalão é criação da minha mente doentia, entreguista, direitista e reacionária. É pra você que eu estou perguntando: venha neste espaço e responsa com um simples SIM ou um NÃO: você realmente acredita no que sua Presidenta falou ontem na televisão, de que nossa inflação está sob controle e que nossos gastos públicos também estão controlados e que nossos indicadores macroeconômicos são excelentes. Se sua resposta for não, finalmente vou entender porque você vocifera tanto. Mas se sua resposta for um sim, vou passar a enquadrá-lo em qualquer das hipóteses abaixo, de minha livre escolha: Seu caso é:
Uma simples obtusidade córnea, isto é, você sabe que é cego mas não quer ver (pior tipo de cegueira), configurando a espécie dos piores cegos ou os que não querem enxergar.
Caso normal de ignorância completa ou burrice absoluta.
Má-fé cínica e deslavada.
Você tá em algum esquemão e não quer largar o osso.
Você é um inocente útil a serviço da pior camarilha e quadrilha que governa o Brasil desde o descobrimento.
Você é louco de pegar em fogo, comer merda, jogar pedras na Lua ou fazer um risco de giz no chão e tentar passar por baixo. E sua família desconhece seu problema!
Por favor, só sim ou não, com direito a tentar explicar onde diabos você está se baseando. Não é válido praticar tergiversações, responder a pergunta com outras sobre as falhas dos governos que antecederam o que você hoje defende ou sempre defendeu. Não quero que você critique o passado, por mais criticável que ele seja. SÓ QUERO QUE VOCÊ ME RESPONDA SIM OU NÃO. ACREDITO OU NÃO ACREDITO! Simples assim!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Duas historinhas ditatoriais!

O cenário é a Brasília de 1965. Castelo Branco no poder. Falavam que era liberal pois não fechara o Congresso nem extinguira os Partidos. Não interessa! Rasgou a Constituição de 1946 e era um Ditador como todos o são! Vinha eu pelo Eixo Rodoviário Sul em direção à UnB, em nossa "Pracinha" a caminhonete popular da DKW-VEMAG. Eu dirigia, tendo ao lado meu falecido irmão André e, no banco de trás, José Araripe e Etel Garcia, que seria a primeira esposa de meu irmão. Trânsito livre pois era algo como 6:45 da manhã. Eixão livre eu ia algo como 110 km por hora. Nisso escuto uma barulheira de sirenes e buzinas atrás e levemente à minha esquerda. Tomei um baita susto com o grito do Araripe, "Encosta do lado esquerdo". Instintivamente diminuí e, quase parando fui me escanchando no meio-fio a tempo de ver uma comitiva voando baixo, vindo pela faixa central, com um carro preto no meio, Veraneios à frente e atrás e umas seis Harley-Davidson dos "Catarinas", como chamávamos os loirões do Batalhão da Guarda Presidencial - BGP. Apurei a vista e assisti aquele anão esquálido sentado, solitário, no banco de trás: era Castelo! Muda o cenário para o cinema da Escola Parque, centro de solução dos problemas do mundo, pela esquerda festiva que eu frequentava junto com o mesmo André, o mesmo Araripe e a mesmíssima Etel, querida Etel! Estávamos esperando um jovem pianista brasileiro que acabara de ganhar um concurso internacional de Chopin, imaginam aonde? Em Varsóvia, terra do homem. Era Arthur Moreira Lima, com cara de bebê. Marcado para 21 h o concerto estava atrasado. Pelas 21:45 h, as vaias já pipocando, quando entra o tricolor Moreira Lima, assustado. É vivamente aplaudido quando se ouve um zum-zum vindo da entrada do cinema. Entra aquela coisa de terno escuro; dirige-se à beira do palco e estende a mão para Arthur que, mais assustado ainda, desce do banquinho do piano, ajoelha-se e pega a mão do ditador. Vaias esparsas estouram, amedrontadas pela presença de muitos gorilas de terno amarrotado, da segurança. Me abaixo na poltrona e vaio alto, desencadeando uma baita e uníssona vaiona. Foi meu maior e único ato de coragem na vida. Simples assim!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

De Projetos e assemelhados!

Nem todo mundo sabe, mas é bom saber: um Projeto não é uma boa ideia, nem boa vontade ou pegar dinheiro do Orçamento e chamá-lo como tal. Um Projeto tem toda uma teoria e uma técnica envolvidos e começa antes e termina depois dele mesmo. Explico! Um Governo, de acordo com o credo partidário e princípios gerais que norteiam sua mais altas políticas (pelo menos num país sério, fato que não se aplica ao Brasil). Todo Governo deve ter uma visão de futuro ou aonde ele quer chegar e que país deseja desenhar num futuro pelo menos condizente com o seu mandato. Essas orientações mais gerais se chamam de políticas. As políticas, essas orientações mais gerais, dividem-se em diretrizes e essas geram, pela ordem e conforme a importância do assunto e a amplitude da ação pretendida: planos, programas, projetos e atividades. Planos são documentos formais que contemplem uma ou parte de uma grande diretriz. Ele vai orientar enormes áreas de governo, tipo um Plano Plurianual de Investimentos ou um Plano Nacional de Educação ou Planos Regionais de Saúde. Mais importante que o documento, obviamente, É O PROCESSO que se inicia com o lançamento do Plano e termina quando houver previsão. Um Plano divide-se em Programas que existem, justamente, para agilizar o cumprimento e controle do Plano, como um Programa Nacional de Vacinação, dentro de um Plano Nacional de Saúde. Os Programas, por seu turno, dividem-se em Projetos, tantos quantos necessários para operacionalizá-lo. Para que um Projeto exista, também como um documento formal, são necessários inúmeros passos, dos quais eu destaco: a filosofia informadora do Projeto; os objetivos principais e complementares; as metas, que são os objetivos quantificados no tempo; as ações pragmáticas que o farão se materializar no campo propício; a árvore de organismos intervenientes para preservar a coordenação de governo; os pré-requisitos indispensáveis à sua existência; a identificação da origem dos recursos necessários ao cumprimento de seus objetivos; um cronograma físico de atividades; um cronograma financeiro orçamentado para acompanhar sua execução. Pelo menos isso. Quando os Projetos demonstram sua efetividade no ambiente que sempre os demandarão, eles se transformam em atividades do governo e passam a ser contemplados no Orçamento de despesas correntes (custos) e de capital (investimentos). Não quis dar aula em ninguém mas lhe pergunto: com sinceridade, após ler isto você acha que o PAC e o Minha Casa, Minha Vida são Programas mesmo? Você já viu algum documento formal tratando deles? Ou pensa que eles são verbas orçamentárias para obras sociais que o o governo manda chamar de PAC ou Minha Casa, Minha Visa? Se você pensou na terceira opção, pensou certo. Não existe PAC, Minha Casa ou nenhum outro Programa neste desgoverno. A única coisa organizada que essa turma fez, com cronograma, objetivos e metas foi o Mensalão. Simples assim!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Se correr ou se ficar o bicho pega de qualquer jeito!

.Existem certos valores na vida que são normalmente dicotômicos. Parece ilógico mas é. Hélio Jaguaribe diz que, no Brasil, liberdade e desenvolvimento são inconciliáveis, sugerindo que só se consegue progredir em regimes fortes, ditatoriais. Isto é obviamente hediondo mas, infelizmente, uma constatação histórica. Vejam o que ocorre nos Estados Unidos nos dias atuais. Obama está sofrendo pesada carga da opinião pública que por lá pressiona pesado mesmo e pode ser formada por algo bem mais forte do que um inconformado do Facebook, como eu! Historicamente o povo americano desenvolveu uma exacerbada consciência de liberdades individuais, claro que só no PLANO INTERNO. Vamos abstrair, portanto, o que eles fizeram e fazem pragmaticamente ao redor do mundo. Essa noção nasceu, parece claro, na necessidade de sobrevivência de uma nação com forte tendência ao confederalismo. Após o vitorioso processo de independência, só então a América foi descortinar seus imensos territórios além da costa leste. Nesse contexto, os Daniel Boone e David Crockett eram um exemplo a ser seguido. A figura do colono em sua cabana de toras cuidando de uma numerosa família, cercado de indígenas "ferozes" por todos os lados. Claro que eram pois não suportavam a ideia de dividir seus quintais com novos e espúrios proprietários. Nesse instante, a Emenda que permitia a posse dar armas de fogo para defesa de bens e pessoas parecia indispensável. Séculos depois, com a reação ao anti-islamismo vicejando nos próprios quintais americanos, essa Emenda só mantem seu sentido para armar lunáticos que matam estudantes e criancinhas. Com o episódio de 11 de setembro, um falcão como George W. Bush só ganhou pano de fundo para jogar suas cartas em cima desse inimigo invisível. A guerra fria terminara  e, com isso, foi-se a necessidade premente de desenvolver o Programa Guerra nas Estrelas, da era Reagan. Escolhido o inimigo interno, Bush determinou um concentrado ataque às liberdades individuais de sigilo nas comunicações e de ir e vir, criando superestruturas de atualizadíssima tecnologia, constantemente modernizada, da mais pura e deslavada, apesar de super velada, espionagem interna. Algo como saber a marca da guimba (bagana no Pará) de cigarro amassada no chão e um número incalculável de palavras que, se pronunciadas por comunicação oral ou mesmo escritas, disparam uma reação do tipo SWAT e o FBI aparece no seu jardim em três minutos. Obama não é um falcão, ao melhor estilo republicano mas, vamos combinar, também não é uma pomba. E tem dado sequência à coisa, até porque os caras não param, exemplo disso a recente explosão na Maratona de Boston. Ora, o preço da liberdade é a eterna vigilância e vigiar implica em ferir as liberdades individuais sacralizadas por Thomas Jefferson, George Washington, Benjamim Franklin e George C. Adams. Mantido o espírito das  Treze Colônias de Virgínia, a liberdade romantizada será incapaz de salvar vidas. Afinal, mais do que as atrocidades externas agora o bicho está pegando na ruazinha de cidades interioranas deles. O povo vocifera, os políticos contrários aproveitam e a bata assa na mão de Obama. Mais do que sempre, não há pra onde correr nem como ficar se o bicho vai comer de qualquer forma. Simples assim!

terça-feira, 4 de junho de 2013

ISRAEL!

Não interessa discutir aqui se você é antissemita ou quer que Israel se exploda ou ainda torce pela destruição do Estado Judeu, gostaria de lembrá-lo que Israel JAMAIS permitirá que coisas do tipo da entrega desses mísseis pela Rússia à Síria e que coloquem em QUALQUER NÍVEL DE RISCO, a sobrevivência da civilização hebraica. O Mundo pode se descabelar, Putin ameaçar jogar Bombas de Hidrogênio direcionadas a Tel-Aviv, Jerusalém, Haifa e as principais cidades de Israel. Se isso acontecer, obviamente está decretada a destruição da civilização humana pois Israel elimina todo o Oriente Médio e o resto do mundo. Ele tem arsenais e foguetes para tal e o mundo inteiro sabe disso. Escreva o que eu digo: se a Rússia insistir em mandar esses mísseis para a Síria eles serão destruídos na viagem. Israel, não interessando o quanto de atrocidades tenha cometido com o povo Palestino, deslocado de suas terras desde a primeira metade do século XX., entende possuir um direito natural a seu território e não sossegará enquanto não estender seus domínios ao desenho original da Judeia, Galileia e Samaria, como historicamente ela concebe a Terra Prometida, a Canaã destinada a Abraão, Isaac e seu filho Jacó o qual, depois, se chamou Israel e seus 12 filhos que formaram as 12 tribos, com algumas adaptações históricas: Rubem, Simeão, Levi (sacerdotes sem herança de terras), Judah (tribo de onde saíram Davi, Salomão e Jesus), Dã (amaldiçoado na bênção de Jacó e depois substituído pelas meias tribos de Manassés e Efraim, filhos de José do Egito), Gade, Aser, Naftali, José e Benjamim (estes dois últimos, filhos de Rachel a paixão de Jacó que desposara, por um engodo, Lia, sua irmã). Nada derrotará Israel até o final dos tempos. Pode me cobrar ou de minhas futuras gerações a certeza desta afirmação. Ela é arrimada pelos grandes Profetas de Israel: Elias, Jeremias, Daniel, Ezequiel e Isaías, como também por Jesus, na visão tida na Ilha de Patmos, por João Evangelista e repassada pelo próprio Jesus em corpo glorificado nos céus, conforme está escrito no Apocalipse (Revelação, em Grego). Diante de uma ameaça como esta e até por muito menos ele atacou Bagdá e destruiu as futuras instalações atômicas de Saddan Hussein; matou todos os terroristas envolvidos no massacre das Olimpíadas de Munique e resgatou dos braços de Idi Amin Dadá, os reféns do voo da EL AL no aeroporto de Entebe. Assim fez e assim fará. Gostemos ou não. Simples assim!

domingo, 2 de junho de 2013

Prioridades.

Não podem existir prioridades. Prioridade vem do latim prior, que quer dizer primeiro. Logo, há um único primeiro. Quando cumprido ou realizado, passa-se para o segundo que, automaticamente, ocupa então o lugar de prioridade. Desde muito criança Tia Carmita me levava ao Museu Paraense Emílio Goeldi, um pedaço da floresta amazônica incrustada no meio de Belém. Adorava visitar a parte antropológica com suas cabeças mumificadas de guerreiros indígenas de tribos antropófagas, assim como os inúmeros utensílios de tribos perdidas no tempo, hoje muitas já extintas. O grosso tronco para transmitir sinais para formar as mensagens me fascinava, assim como a parte de taxidermia com seus enormes animais empalhados mas tão reais. Mas o que me arrebatava de prazer era o parque zoológico com as milhares de espécies amazônicas. O ensurdecedor barulho das araras e ariranhas as constantes sacanagens dos diversos tipos de macaco, principalmente os de cara branca; a mansa placidez das imensas antas, onde escrevíamos nos lombos parecendo um quadro marrom, com a ponta dos dedos; o silêncio do serpentário; os jacarés-açus de mais de seis metros; as pintadas e suçuaranas sempre com aquele olhar insondável; os enormes peixes-bois, comendo o capim aquático que brotava na folha d'água e sua cara de vaca inconfundível; os gaviões reais, o condor amazônico e o urubu-rei convivendo pacificamente no mesmo espaço. Era uma grande viagem no melhor sentido do termo. Ia esquecendo o aquário, onde nos maravilhávamos com as piranhas e pirarucus de mais de cem quilos usando o mesmo espaço que pacus, tambaquis, tucunarés e acaris-cascudos. As cotias passeavam soltas, às centenas, sem que ninguém as incomodasse ou alimentasse. Isso era a magnitude de criança amazônida. Quando voltei, foi a primeira obrigação que cumpri com prazer inexcedível. Na visita de meus filhos ou amigos, à cidade, a visita ao Museu era minha atração número UM, no rol de visitas iniciais do sightseeing. De repente, alguém me chamou a atenção sobre as coisas de que eu falara mas não se encontravam com facilidade. Só então acordei para o fato de que NÃO MAIS SE ENCONTRAVAM! O peixe-boi morreu; o urubu-rei, de mais de 20, virou um único espécime hoje em tratamento veterinário e separado; as onças estão distantes e isoladas; o aquário está em obras pelo menos desde que cheguei aqui, há mais de dois anos; o serpentário tomou doril; até a gruta dos murucututus, corujas amazônicas que voavam junto com morcegos na horripilante imitação de caverna, desapareceram sem paradeiro anunciado. Já morto de vergonha e raiva, por estar bancando o mentiroso ao anunciar atrações que eles nunca viam, tomei coragem e fui ao Ouvidor-Geral da Instituição. A Ouvidoria, pasmem, havia sido instalada naquele dia mesmo de minha primeira visita. O Ouvidor era um jornalista jovem e bem intencionado. Conforme eu perguntava sobre cada detalhe ele ia demonstrando uma grande admiração pelo fato de, segundo ele, eu conhecer mais que ele sobre a Instituição. Passado um momento inicial de informalidade, engatamos um animado papo entre ele, eu, meu filho Luís Paulo e minha nora Lorena. A folhas tantas ele me fala em off, que passa, a partir de agora, a não ser mais tão off, que depois da transferência da propriedade e administração do Museu para o CNPq, a decadência sobreveio aos borbotões. E coroou nossa conversa com uma sentença fatal: pra essa gente de Brasília, história, cultura, memória e preservação desses valores nunca esteve entre sua "PRIORIDADES". Pano rapidíssimo e fechando sobre o desencanto de meus queridos defensores incondicionais de tudo que vem da sigla. Agora fecho eu, no rascunho, borrão e no popular: isso não dá voto, prestígio e grana, principalmente, muita grana. Sem ideologia! Simples assim!

sábado, 1 de junho de 2013

Os insubstituíveis (2).

Me perdoem, vocês que são insubstituíveis e, principalmente, atropelam os tempos da vida, retorno com mais um PEQUENO ensinamento de Salomão, escrito há, mais ou menos, 2.992 anos. Você afinal perceberá que há tempo de parar o que se está fazendo e dar repouso ao corpo e à mente. A dinâmica da vida contemporânea está roubando de vocês uma competência que abunda nestes tempos: a de envelhecer com qualidade ou, sequer envelhecer. Partir antes, vitimado por um infarto, aneurisma ou AVC é roubar suas próprias possibilidades na existência. Olha como nosso Rei Salomão era estressado:


1 Tudo tem seu tempo, há um momento oportuno para cada empreendimento debaixo do céu.

2 Tempo de nascer,
e tempo de morrer;
tempo de plantar,
e tempo de colher a planta.

3 Tempo de matar,
e tempo de sarar;
tempo de destruir,
e tempo de construir.

4 Tempo de chorar,
e tempo de rir;
tempo de gemer,
e tempo de dançar.

5 Tempo de atirar pedras,
e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar,
e tempo de se separar.

6 Tempo de buscar,
e tempo de perder;
tempo de guardar,
e tempo de jogar fora.

7 Tempo de rasgar,
e tempo de costurar;
tempo de calar,
e tempo de falar.

8 Tempo de amar,
e tempo de odiar;
tempo de guerra,
e tempo de paz.

Os insubstituíveis!

Há pessoas que têm certeza que, se morrerem hoje, tudo para em volta delas. Talvez a vida humana seja extinta na Terra. Para esses insensatos vou contar uma historinha muito interessante. Ela é sobre o Rei Davi, homem de baixa estatura física mas considerado o maior rei de Israel, um gigante maior do que o filisteu Golias, que derrotou quando criança. Davi era tão querido pelo povo e por seu Deus que até este dizia que ele, Davi, era conforme o Seu coração. Mas Davi era um homem como todos nós e, certo dia, viu de uma janela de seu palácio, uma mulher se banhando nua. Era muito bela e sensual e enfeitiçou para sempre o coração de Davi. Chamava-se Bate Seba, casado com Urias. Davi tinha esposa e filhos, sua rainha e príncipes. Mas ficou tão apaixonado que mandou Urias para a frente de combate para que ele morresse e o caminho de Bate Seba lhe ficasse aberto. Não deu outra. Urias morreu e a mulher reverberou a paixão de Davi. Mesmo admoestado por seu principal profeta, Nathan, sobre o mal que lhe sobreviria, Davi passou a viver o amor proibido com Bate Seba. Nasceu um primeiro filho morto mas o segundo vingou e foi chamado de Salomão. Davi sofreu demais por seu erro a ponto de seu primogênito e mais amado filho, Ab Shalom (o filho da paz), ter formado exército e se voltado contra o pai. Na batalha final, Davi não teve coragem de enfrentar o filho e pediu a seu principal general, Joabe, que não matasse seu filho,poupasse sua vida e depois ele o deportaria. Joabe alcançou Ab Shalom em fuga e o matou. Consta que Davi passou cerca de três dias no deserto, chorando sem parar, sem se alimentar, vestido de sacos e jogando cinzas na sua cabeça. Seu desespero foi quase incomparável. Mas Salomão, após a morte do pai, acabou sendo ungido o Rei de Israel ao ter pedido ao Senhor Jeovah que, ao invés de poder e riqueza, lhe desse sabedoria. Foi Salomão considerado, até hoje, o mais sábio dos reis da terra. E é de autoria dele, cerca de mil anos antes de Cristo, o ensinamento que uso para lembrar aos insubstituíveis, que tudo passará como um sopro, até suas vidas, e tudo continuará como dantes, após suas mortes. Isto está no Livro do Eclesiastes:

3 Que proveito tira o homem de todo o trabalho

com que se afadiga debaixo do sol?

4 Uma geração passa, outra lhe sucede,

enquanto a terra permanece sempre a mesma.

5 O sol se levanta, o sol se deita,

apressando-se a voltar a seu lugar,

donde novamente torna a nascer.

6 Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte,

ora para cá, ora para lá vai soprando o vento,

para retomar novamente seu curso.

7 Todos os rios correm para o mar,

e contudo o mar não transborda;

para onde os rios vão,

para lá tornam a ir.

8 Tudo é penoso,

difícil de o homem explicar.

A vista não se cansa de ver,

nem o ouvido se farta de ouvir.

9 O que foi, será;

o que aconteceu, acontecerá:

nada há de novo debaixo do sol.

10 Mesmo que se afirme:

"Olha: isto é novo",

eis que já aconteceu em outros tempos,

muito antes de nós.

11 Não ficou memória dos antepassados,

nem dos vindouros ficará lembrança

para os que vierem depois.

Portanto, meu querido insubstituível, a única coisa que não passa na vida outra vez é, justamente, A SUA PRÓPRIA VIDA, que vai e nunca mais voltará. Simples assim!