sexta-feira, 26 de abril de 2013

EU NÃO DISSE?

Desde o dia 11 de março não escrevo qualquer coisa que me ligue ao mundo exterior. Apesar disso estou vivo e respirando o que me coloca na categoria de um comunicante que não para de receber, processar e exteriorizar, em suma, trocar informações. Percebi que há tempos bato numa tecla interminável sobre o retorno maléfico da espiral inflacionária. Como ela é um processo insidioso e lento, tal a diabetes do tipo 2, a hipertensão ou um câncer de paciente mas cruel evolução, ao nos apercebermos dela já não existe tratamento sem muita dor, sacrifícios, renúncias e angústias associadas. Sua marca principal já está em vigor com o embutir de expectativas sobre a inflação futura na formação dos preços. Nosso desgoverno aplica placebos do tipo atrasar reajuste de preços públicos, conter aumentos de combustíveis e remédios, promover renúncia fiscal buscando incentivar o retorno dos investimentos privados, enfim, todos os remédios de curtíssimo efeito em seus passageiros benefícios. Isso tudo já foi tentado ao tempo de estúpidos planos de represamento de preços do tipo Cruzado I e II, Verão, Collor, Bresser e nalguns outros de triste lembrança. Os gênios de nosso comando econômico obviamente sabem que nada disso funciona. O Brasil já jogou fora o bebê junto com a água suja da bacia. Pior, retirou o feto e está criando a placenta. Quem era consciente à época lembra muito bem o quão foi difícil vencer a inércia inflacionária incrustada nos preços, a partir de 1994, durante  o governo de Itamar. A genial criação das URV’s pacientemente utilizadas por quase 2 anos em substituição à moeda pode mostrar aos brasileiros, principalmente aos de classes menos favorecidas, que era possível manter os preços estáveis. Os pobres da época sentiram no bolso as benesses desse sonho: voltar ao supermercado no outro dia e ver que estavam pagando o mesmo preço que ontem, por todas as mercadorias e, melhor que isso, mais estupefatos ficariam ao ver que esses preços poderiam se manter estáveis ou oscilando pouco, PARA MAIS OU PARA MENOS, de acordo com leis simples de entender com a da oferta e da procura, por longos períodos. Evidente que isso teve um preço brutal à época: uma disciplina orçamentária férrea e, notadamente, diminuição colossal das despesas públicas correntes, aquelas que pagam o funcionamento da máquina estatal. Foi instituído, com enorme sacrifício do povo brasileiro, um superávit para financiar a dívida pública e manter pelo menos palatável a dívida externa. Não é preciso esconder que tais medidas penalizaram de forma violenta os excluídos da vida nacional que foram num crescendo quase insuportável, paralisando-se praticamente todos os programas sociais que se mantinham apenas com o indispensável para marcar a já pífia presença do Estado Brasileiro. Mas hoje sabemos que esse sacrifício não foi em vão. A inflação estava controlada, detido o perigoso caminho que já trilhávamos, da hiperinflação, disciplinados os gastos públicos e editada uma Lei de Responsabilidade Fiscal absolutamente inédita na História do Brasil. FHC terminou seu segundo mandato com o país envolto em brutal crise internacional que levou pelo ralo o resto que havia de acumulação de capital público proveniente da privatização dos serviços prestados pelo Estado. A ascensão de Lula em 2003 encontrou um país receptivo às mudanças sociais que, em excelente hora, vieram completar a falha agenda do governo FHC nesse campo. A bem da verdade, de 2003 a 2009 Lula surfou numa onda crescente de euforia internacional que levou seu governo a reiniciar a farra fiscal como prática administrativa, a mesma que tínhamos abandonado com tanto pranto e ranger de dentes. Os preços das commodities, base de nossas exportações, atingiram níveis inimagináveis e, como por encanto, nossas reservas cambiais atingiram um padrão próximo à Índia e Coréia do Sul , superando Rússia e África do Sul, sendo batida apenas por China e Japão, campeões internacionais na acumulação de lastro em moeda estrangeira. Como por encanto a dívida externa brasileira, uma verdadeira muralha da China em nosso sapato, foi engolida. Por óbvio não existia momento mais propício para eternizar a neo-esquerda no poder e isso foi feito com muita competência: bilhões para entregar comida aos necessitados mas levando os apaniguados junto; bilhões para obras faraônicas, de muita fachada e pouca eficiência; bilhões para a criação de milhares de cargos públicos de confiança, aqueles que são ocupados sem concurso. Os bilhões entravam tão fáceis que começaram a servir a megalomania do Prof. Silvana DA SILVA, famoso bandido que atazanava o Superman (ou seria o Capitão Marvel) nos gibis dos anos 50; farto dinheiro para ajudar os países lusófonos da África e Ásia; muita grana para comprar uma sólida e folgada base de sustentação do governo, voltada para obter maioria que permitisse a votação de emendas constitucionais que pudessem ajudar o processo de assalto ao poder, no melhor estilo de Chavez, Kirschner, Morales, Castro, Caldera. Tudo alimentando o sonho dos anões: liderar o mundo antes cognominado de Terceiro. De repente o sonho começa a fazer água com o tsunami (rebatizado de marolinha por Lula em aparição festiva na TV, cercado pelos papagaios de pirata que, hoje se sabe, eram muito mais piratas que papagaios). Essa estupenda crise internacional que minou quase todo o crédito no mundo, rebaixou o preço das commodities a níveis hoje alarmantes, engoliu paulatinamente nosso superávit na balança comercial, pulverizou qualquer possibilidade de desenvolvimento (e até crescimento nominal) econômico, exigiu um retorno a uma disciplina na economia e na moeda QUE HAVÍAMOS PERDIDO HÁ TEMPOS. Nada foi feito para combater a inflação e a desordem fiscal e orçamentária e NADA CONTINUARÁ SENDO FEITO. O desgoverno já percebeu que precisará aumentar o circo em uma espiral sem fim, enquanto escasseia o pão justamente na hora de renovação dos principais cargos eletivos do país. Não importa como esses criminosos continuarão arrebentando com o país, gastando muito mais do que arrecadam pelo menos até reelegerem nossa graciosa e sensual sargentona no cargo de PresidentA. Dane-se se o imposto inflacionário que engole 80% do poder de compra da moeda antes de fechar o mês já nos carcome diuturnamente. Eles não sentem isso pois estão sentados em cima do cofre e ainda possuem a chave do maquinário da Casa da Moeda. Já estão fabricando moeda sem lastro no crescimento da economia. Logo os ganhos financeiros superarão em muito o lucro dos empreendimentos e nossa economia VAI PARAR e nossos laboriosos empresários vão passar o comando para os gênios das finanças que engolirão os dias inteiros chorando tachas cada vez mais elevadas no overnight. Porra será que só eu vi esse filme antes? Não se iludam, meu amigo e minha amiga, essa desgraça JÁ ESTÁ ACONTECENDO. Isto não é Teoria do Caos, Teoria da Conspiração e muito menos IDEOLOGIA. Isto é FOME REAL. Essa massa de 30 milhões que eles dizem ter resgatado da linha da pobreza e jogado numa nova classe média, ela não mais existe. Todas essas pessoas, com exceção de uns dois por cento que têm a sorte de pegar um apartamentinho (já desabando) no “Programa” Minha Casa Minha Vida, mora em condições sub-humanas nas periferias dos grandes centros sem transporte público, sem saúde, sem educação, sem saneamento básico, adoecendo quase todos os dias e já passando fome, toda essa caterva esgotou seu crédito na criminosa expansão dos empréstimos consignados; todos, sem tirar nem por, não conseguiram pagar as prestações do “carrinho”, da TV de 100 polegadas, da geladeira duplex, do terceiro computador, do quinto celular 4G, ainda que Ching-LIng. Agora, meus amigos, passado o pleito e reeleita dona Baratona, me cobrem se estou mentindo ou vão comer teclas de celular, gratinadas com limalha de pneus, com salada de cubos de gelo e croutons de isopor ao molho de éter que, aliás, é a comidinha mais leve que você poderá preparar. O pano de fundo está feito: o déficit fiscal do ano passado já foi coberto com gulosas dentadas nos já combalidos cofres da Petrobrás, da CEF e do BB. Toda nossa infraestrutura, grande parte dela construída pelos militares da Redentora, está completamente sucateada: energia elétrica, estradas, portos, vias navegáveis, hospitais, escolas, tudo está se acabando e os caras fazendo remendos com superbonder, dando explicações inverossímeis ou meramente retóricas e ninguém cobra nada. Há quinze dias foram criados mais sete mil cargos em comissão. A gastança está garantida e o trator não vai permitir que outro poder mais alto se alevante, nem o de Deus. Tudo já está garantido: grana pras ONG’s e OCIP’s, lugar pra todo mundo na farra, principalmente índios, gays e outras minorias; os patuás já estão distribuídos e os dízimos também. O negócio com o Além está super mais que protegido. E o que estava faltando, herança da turma de esquerda do continente e do Caribe, queda plenamente preparado: o Supremo terá que submeter suas decisões mais importantes ao antro que é nosso Congresso Nacional; para que seja votada uma declaração de inconstitucionalidade de uma lei ou emenda constitucional, terá que haver uma impossível unanimidade impedida pela escolha de títeres do Regime para compor nosso Pretório Excelso; não existirá mais a súmula vinculante nem a obediência a decisões liminares monocráticas; os Partidos Políticos que poderiam fazer frente ao Brasiliet Supremo ou ao nosso Presidium atual, já foram cassados antes de existir. Logo, logo virão o silêncio da imprensa ao melhor estilo argentino; a fraude nas eleições, seguindo o exemplo da Venezuela que, morto Chavez elege imediatamente Chapolim; a proibição a tudo que não interessa ao Regime e, de repente não mais que de repente, perdemos a Copa das Confederações, outro maracanazzo nos fulmina em pleno Maracanã, tiramos o trigésimo lugar no quadro de Medalhas das Olimpíadas, proíbem o Carnaval, o cafezinho, instauram um BBB em nossas casas e Dilma, no seu quarto mandato e para o enfado de todos apartados da luta, desenvolve um pequeno bigode preto debaixo do nariz e passa a ocupar a rede de TV interligada desde as eleições e que só toca marchas militares como na Coréia do Norte, passando a discursar.......em ALEMÃO. Heil Lula, Heil Dilma, PT über alles. Simples assim!     


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