domingo, 10 de março de 2013

A realidade e a ficção!


Sei que, quando falo sobre novela, BBB ou futebol, minha cotação nas bolsas de aposta de Londres cai vertiginosamente. Mas, o quê fazer se esses também são assuntos do nosso cotidiano. Me exponho mas sei que falo sobre um assunto que interessa, e muito, à maioria silenciosa. Até porque adoro detalhes, pequenas coisas que, muitas vezes, são percebidas por poucos. Vamos lá!
Se a qualidade dos Delegados de nossa Polícia Federal, na verdade uma Instituição de escol em todo o mundo e possuindo altíssima taxa de credibilidade popular, fosse medida pelo cérebro de ameba da personagem de Giovana Antonelli, a "Delegada Heloísa", o país estaria no sal há muito tempo. Sei que a novela Salve Jorge é uma obra de ficção, no estilo folhetim, isto é, em capítulos e que repousa em uma trama que deve durar um número mínimo de meses no ar. Claro que não se pode encontrar culpados nos primeiros capítulos. Todavia, dar nome aos bois, chamar de Delegada da Polícia Federal uma lesma que não consegue prender uma enorme quadrilha que atua no quintal da sua casa, seus membros já tendo passado por suas mãos, alguns inclusive presos, convenhamos que é forçar muito a barra (não da Tijuca, onde fica o PROJAC, mas a da PF) expondo ao ridículo toda uma Instituição.
Desconfio que, por muito menos, a trama de "Lado a Lado" foi modificada. Penso que poucos devem ter notado, mas aparece uma lista de Magistrados e Promotores de Justiça, em 1910, comprados para satisfazer interesses escusos da burguesia republicana. A filha da ex-Baronesa da Boa Vista, grande interpretação da bela Patrícia Pillar como vilã-mor, estava indo entregar a lista que compunha um artigo que publicaria no fictício "Correio da República". Sofreu um atropelamento, foi encarcerada num Asilo contra sua vontade mas, quando se viu livre disso tudo, a lista continuou não dada a público e o tal processo arquivado sem prosseguimento na trama. Em meus delírios pensantes, chego a pensar que o Ministério Público Federal pode muito bem ter protestado contra esse destino dos fatos. Na verdade, coisas envolvendo Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal devem ser exploradas com cuidado em obras de ficção. São Instituições que gozam dos maiores índices de credibilidade pelo menos entre os formadores de opinião e levá-los ao ridículo ou situações vexatórias, ainda que de "mentirinha", deve ser muito bem analisado.
Já basta a garbosa arma da Cavalaria de nosso Exército Brasileiro estar sendo ridicularizada como inúmeros gigolôs equestres que passam o dia inteiro trotando na pista contígua a uma baia, enquanto o Coronel Comandante passa seu expediente inteiro tricotando boatarias e fofocas. Pelo amor de Deus!

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