quinta-feira, 2 de maio de 2013

Alhos e bugalhos!

Recentemente -e afinal- estourou o escândalo da FIFA envolvendo duas múmias (Havelange e Nicolas Rós) e um desaparecido (Ricardo Teixeira), que receberam comprovadamente propinas de cerca de 50 milhões de reais, obviamente que isso é a ponta do iceberg. O curioso é que a FIFA, chefiada pelo Joseph Blatter um velho mafioso que obviamente também participou do butim, anunciou que não puniria os três gatunos pois os fatos apurados referem-se a um período anterior a 2004, pasmem, QUANDO A ENTIDADE AINDA NÃO POSSUÍA CÓDIGO DE ÉTICA. Espera lá Cara-Pálida! Quer dizer que pra punir tem que ter código de ética. Então tá! O direito é um conjunto de regras sociais que delimitam a fronteira entre o lícito e o lícito. Se você andar a vida inteira deste lado, não será incomodado até depois de sua morte pois existem direitos que transcendem a vida como o de herança. Só quando você cruza essa linha passa a responder perante essa mesma sociedade, pelos seus atos ilícitos, tendo todo um aparato estatal para julgá-lo, inocentá-lo, culpá-lo e puni-lo. Já a ética também é um conjunto de regras morais e que reverberam a cultura da sociedade em que vive, só que a  sanção é difusa e o atinge apenas em seu foro íntimo, sua consciência e sua vergonha na cara. Logo, parece claro que Códigos de Ética são uma excrescência criada pelas organizações humanas, apenas para jogar para a platéia, pois se você descumprir uma regra moral não será punido por qualquer aparelho do Estado Moderno. Assim, o código de conduta que os meliantes infringiram foi o Penal mesmo, nunca o moral ou ético pois esse eles nunca tiveram. Sempre digo em meus escritos que Gabriel Marcel afirma que o homem só será plenamente livre quando ele puder prometer e deixar de cumprir. Códigos de Ética não criam penas. Havelange, Rós e Teixeira, portanto, deveriam devolver a grana e cumprir pena pelo ilícito cometido, com ou sem Código de Ética. Simples assim!

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