sexta-feira, 5 de julho de 2013

Egito e Democracia!

Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Estamos nos acostumando a explicações pela metade, meias verdades e, principalmente, explicar as besteiras do presente acusando, estupidamente, os erros do passado. Como se esses erros possam ser usados para serem repetidos. Ô cara-pálidas, se houve erros, por quê vocês não fizeram tudo diferente e ainda estão piorando tudo? Respondam críticas com ações e não com erros pretéritos para justificá-los. Tá combinado? Isso vem a calhar com a história do golpe de estado mortal na democracia egípcia. Isso virou bandeira pra ser usada pelas neo-esquerdas latino americanas. Há dois anos o Egito foi resgatado, com a morte de milhares de manifestantes, pelo mesmo Exército que depôs 30 anos de ditadura sanguinária de Osny Mubarach. Se o Exército não apoia o povo, o cara mataria um terço da população civil daquele país, como está fazendo o Assad na Síria. Deposto, bem ou mal, aquele ditador, esse mesmo exército garantiu a aprovação de uma nova Constituição para aquele país, eleições gerais livres, sob supervisão internacional, tendo a maioria eleito esse idiota do Mohamed Morse, EM MUITO BOA HORA DEPOSTO. Explico! Esse imbecil simplesmente, e ninguém do nosso governo vem a público para dizer isso, estava implantando uma República Islâmica, ao melhor estilo iraniano (bem ao gosto dessa turma), em um país onde o espírito laico é muito mais forte do que o atraso que representa a tal Fraternidade Islâmica. O Egito não pertence àquela visão xiita, medieval, de que fora de Alá, nada há. Lá muçulmanos convivem com coptas, cristãos maronitas, greco-cismáticos, que seguem o Patriarca de Jerusalém e milhares de livre-pensadores, basta ver o exemplo que a Praça Tahir tem dado ao mundo inteiro. Morse, além disso, praticamente fechou o parlamento, passando a governar por decretos. Num deles, um primor de democracia, o governo tirou da Constituição o princípio da independência dos poderes, colocando os atos de seu governo fora de apreciação do Judiciário. Além disso, mas não menos importante, estava formando milícias na Irmandade Muçulmana, travestida de partido político, ao melhor estilo Chávez. Transformou-se num tirano equiparado a Mubarach. A Praça Tahir voltou a ferver. Já havia centenas de mortos e o Egito estava dentro da maior crise econômica de sua história. O caos ia se aprofundar quando o Exército, como Instituição séria, preservou o resto que havia da democracia egípcia, mandou esse louco pastar e colocou o presidente da Suprema Corte (que estava de joelhos) para presidir o país e convocar eleições gerais imediatamente para ver se, FINALMENTE, a democracia começa a viger naquelas bandas do mundo. Não vou me aprofundar mais pois o óbvio está do meu lado, com ou sem condenações do nosso governo ao golpe na democracia. Uso fatos e não retórica. Graças aos milicos, execrados por tudo o que fazem, a democracia egípcia ESTÁ SALVA! Simples assim!

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