sábado, 17 de novembro de 2012
Bom dia para Pelé.
Me emocionei muito com as lágrimas de Pelé e chorei junto com ele, na aparição de ontem na saída do hospital onde operara, dizem que, um câncer ósseo. Pelé tem 72 anos e É a maior glória esportiva do Brasil. Considerado o Atleta do Século XX, segundo estatísticas da UNESCO foi o ser humano, ao lado de Jesus Cristo e os Beatles, mais conhecido pela Humanidade. Não é preciso listar as suas conquistas para saber que ninguém, em tempo algum, elevou e fez conhecido o nome do Brasil em patamar inimagináveis. Sempre tem sido um ser humano completo em suas virtudes e defeitos. Jamais foi santo ou anjo de presépio, como a massa imagina que devem ser as pessoas públicas. Faliu com uns seis anos de carreira, não reconheceu sua filha Sandra Regina que, aliás, já está morta; teve desempenhos algumas poucas vezes deplorável no campo de jogo; se envolveu com a Xuxa quando essa ainda era menor de idade além de outras porcarias comuns a qualquer ser humano normal, como eu que escrevo e você que me lê. Não é necessário dizer o que fez dentro das quatro linhas. Eu morro de rir quando alguém tenta compará-lo a qualquer outro jogador, diria eu, a qualquer outro atleta. Ele é e parece ser incomparável. 1.245 gols, três copas do mundo, com ganho definitivo da Taça Jules Rimet, inúmeros títulos internacionais, acho que uns trinta. Campeão de tudo, por aqui e nos Estados Unidos onde encerrou a carreira. Separado mais de uma vez e, principalmente, de sua mulher Rosemary, paixão da juventude, pai ausente que gerou a facilidade para que Edinho, seu filho, se tornasse ligado ao tráfico, nada porém pode apagar o brilho das virtudes de Pelé. Parou a guerra de Biafra, na África; fez a torcida expulsar um árbitro, na Colômbia, por havê-lo excluído de campo. Primeiro atleta a ser escolhido como Embaixador do UNICEF, Embaixador da ONU para os Povos, coroado como Rei do Futebol em Paris, quando ainda não existia o prêmio da FIFA. Recebido pela Rainha da Inglaterra,. por mai de um Papa e visitado por grandes chefes de estado quando vinham ao Brasil (Célebre foto sua, nu e ensaboado, sendo abraçado no vestiário do Maracanã por Bob Kennedy que seria assassinado meses depois). Nunca levantou bandeira dos pobres e negros "deste país", apesar de ter sido os dois numa só pessoa. Suportou o desprezo de ídolos do futebol, como Romário (para quem Pelé, calado, é um poeta), Maradona, velho chincheiro que jogou 10% do que ele pugnou nos gramados e fora deles, mas vive a falar mal dele além de Messi que vomitou a besteira de que nunca vira Pelé jogar e isso em nada interessava a ele. Não quero repetir o óbvio mas senti ontem, pela primeira vez, o que poderá ser o Brasil sem Pelé; quanta falta ele nos fará; quem surgirá, em seu lugar, para receber as pedras que lhe atiram no cotidiano e ele, muitas vezes em silêncio, pouco rebate. Como todo grande homem, só depois de morto talvez se descubra a verdadeira grandeza desse homem amado por todos os brancos do mundo, racistas ou não, como o resto da humanidade em todas as idades, principalmente as criancinhas que sempre lhe cercaram. Todos não, certamente menos um conhecido meu que cunhou a frase símbolo da estupidez humana, o qual faço questão absoluta de manter no anonimato: Não gosto do Pelé porque ele é preto! Simples assim!
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