Ah as frases que se diz! Falei e
ouvi milhares de frases ao longo de 60 anos conscientes de minha vida, já que abandonei os primeiros cinco, como
sendo inconscientes. Muitas delas eu próprio cunhei (as que não tiverem
identificação do autor), outras li e as principais ouvi. Numa improvável síntese
vou tentar expressar as mais importantes. “É só a cabecinha”; “Sim” (em
resposta à indagação de que vai ser fiel a vida inteira, na saúde e na doença,
na riqueza e NA POBREZA (?), ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE?); “Se eleito
prometo......”; “Eu nunca menti na vida”; “Meu amor, tô atolado de coisas aqui no escritório”
(antes do celular); “Claro que eu perdoo aquela sacanagem que fizestes comigo
às duas da tarde do dia 14 de setembro de 1953, bem no lado esquerdo do
corredor daquele ônibus lotado indo pra Feira de Santana”; “Sabes que eu só
falo quando tenho certeza”; “Tá todo mundo de prova”; “Deus lhe favoreça!”
(Negando uma esmola a um mendigo); “A professora tá me perseguindo, pai!”;
“Olha filho, que exemplo de menino. Como eu gostaria que você fosse assim” (da
vizinha do Hitler sobre o comportamento do Adolfinho, seu coleguinha de rua); “Tá queimando o almoço, amiga, depois eu te ligo”; “Agora me pegaste
desprevenido” (em resposta ao pedido de empréstimo de cinco reais, muitas vezes
para comprar um prato de comida); “Leva tudo, faz o que quiseres, mas não me
mata” (pedido do assaltado, da iminente estuprada ou do sequestrado a um “di
menó” com a arma apontando, exatamente UM SEGUNDO antes dele meter fogo no meio
de sua testa). “Deus lhe pague” (sem avisar a Deus Sua nova, e quase sempre não
autorizada, dívida); “Deixa comigo”; “Calma, calma....” (do Comandante da Gol
ao co-piloto que urrava desesperado, após o choque com o Legacy, com o avião caindo
em chamas, se desmanchando e incendiando, a 100 metros do solo que “voava” na
direção deles); “Eu não disse, porra!” (Epitáfio do hipocondríaco); “Eu juro
que não faço mais”; “Ano que vem retomo minha carreira (Adriano, o Imperador,
todo o fim de ano); “Veni, vidi, vinci” (Expressão de Júlio César meses antes
de ser assassinado a punhaladas, na porta do Senado Romano, inclusive por seu
filho de criação); “Eu te amo como nunca amei na vida”; “Nunca antes nesse
país..” (Sic. O certo seria NESTE); “Só respondemos ao fogo dos meliantes, estritamente dentro da Lei e os mesmos
acabaram chegando a óbito” (Coronel Comandante da PM de São Paulo ao explicar o
fuzilamento de sete marginais e que gerou a onda de dezenas de PM’s mortos
desde então); “Ele pode até ser o chefe desse esquema criminoso mas, NOS AUTOS,
não existe prova robusta para condená-lo” (Lewandowski sobre Dirceu); “Não tem
jeito! A violência só acaba com mais verbas para a Educação”; “A CPMF será integralmente
gasta na Educação” (FHC); “Fora FHC” (Lula); “Me passa antonce o remédio pras
que pegam na pica” (Cabocla paraense pedindo ao médico um remédio para a
Gonorreia adquirida, segundo ela em privada. Ao que o médico respondeu que o
remédio dele só servia para as adquiridas na cama). “Pimenta no olho dos outros
é refresco”; “Tem horas que , quando falo, parece que estou pregando para as
areias do deserto” (Edgar Morin e que adoto); “Quem dá o primeiro passo já está
no meio do caminho” (Pitágoras); “Há
homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores,
há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e
estes são imprescindíveis" (Brecht). “Será que essa(e) menina(o) já tá pensando
nisso?” (Três dias antes de pintar um “boneco” inesperado). “Olha como meu
filho é lindo!” (Mãe de primeira viagem mostrando um monstrengo de duas horas
de vida pras amigas e amigos). “Lindooooooooooooooooooooo!” (Resposta
mentirosíssima no Face, pra indagação anterior). “Vamos discutir a relação?”
(Pergunta de esposa insensata). “Só se for agora, meu amor!”(Resposta de marido
esperto). “Por favor bata antes de entrar pois tenho direito à minha
privacidade” (Adolescentes atuais, resguardando o quilo de maconha escondido na
prateleira). “Splish, plesh” (Barulho das taponas na cara executadas pelos pais de antigamente
em resposta à frase anterior). “Tinha uma luz no fim de um túnel” (Quase mortos). “Mas ele tinha assinado um Pacto
de Não Agressão?!?!” (Stalin para Béria). “Não se preocupe, Lavrenti, afinal
sempre poderemos fuzilá-los a qualquer momento” (Stalin para Béria, de novo,
sobre a ansiedade de seu assessor acerca da possibilidade dos cientistas
soviéticos não conseguirem criar uma bomba atômica no Projeto Arzhamar-16). “Liberdade,
igualdade e fraternidade” (Lema da Revolução Francesa poucos meses antes da
instalação do chamado período do terror que levou todos as vítimas e seus
algozes para a guilhotina); “Homem que bebe e joga, cachorro que come bode e
mulher que dá uma vez, coitadinhos deles três” (Dito popular espalhado pelo
velho Michel); “Elementar, meu caro Watson!” (Sherlock Holmes resolvendo o mais
difícil e intrincado enigma de sua vida); “Reze dez ave-marias e sete pai-nosso”
(Um padre absolvendo os pecados de qualquer ser humano); “Não dê um centavo se
não ouvir o chamado de Deus” (Edir Macedo); “Será o Benedito?” (E era!): “Tô
chegando em 10 minutos”; “Gordo é referência” (Jô Soares sobre as pessoas
apontarem e afirmarem “É aquele ali, ao lado do gordo”); “Nada faz concentrar a
mente humana com tanta intensidade, do que saber que será enforcado logo de
manhã” (Dr. Johnson, criador da Johnson & Johnson, sobre como incentivar a
criatividade nas empresas); “Glub, glub, glub” (Últimas palavras de Gonçalves
Dias, afogado nas costas do Maranhão); “L’État c’est moi” (Fernandinho
Beira-Mar, antes de ser preso); “E cadê meus direitos humanos?” (Fernandinho
Beira-Mar depois da prisão); “A maneira mais eficiente de NÃO resolver um
problema é nomear uma comissão ou marcar uma reunião”; “Não!” (Resposta jamais
a ser dada à indagação dos portugueses, ao telefone, se “Tá lá?”); “Escuta cá,
ô gajo filho de uma rapariga, vou voltar pra Portugal pra pegar a croa que está
vezia. Então para de fornicare todas as mulatas do Rio, senta logo tua bundona
no trono, antes que os militares tomem conta de tudo, como sempre fazem” (Frase
verdadeira dita por D. João VI a seu filho, o raparigueiro e rotundo Príncipe
Regente, D. Pedro de Alcântara, ao invés da afamada: “Pedro, em breve o Brasil
se separará.......”, quanta babaquice que nos ensinam); “Porra, Alair. Não
morri e tô me acabando de sofrer” (Frase de Hugo, primo de meu pai, que tentou
o suicídio em 1948, dando um tiro de 38 no ouvido. A bala “driblou” tudo de
importante e foi tirada com uma pinça, no orifício auricular do outro lado.
Morreu nos anos 80!); “Quem me tocou?” (Jesus Cristo, a seus Apóstolos, em meio
a uma grande multidão que se espremia à sua volta, na estrada de Jericó, após
uma viúva ter tocado a ponta inferior de sua túnica e se curado de uma
hemorragia que já durava dez anos); “Tô certo ou tô errado?” (Sinhozinho
Malta); “Nossos veículos são revisados diariamente nos itens fundamentais e
rigorosamente em todos os itens importantes, de dez em dez dias” (Resposta do
porta-voz de uma empresa de viação sobre a comprovada perda de freios de um
ônibus que rolou ribanceira abaixo, mantando mais de vinte ocupantes); “Não
acho que o Flamengo tenha jogado mau!” (Frase de uma querida prima minha, indo
pela primeira vez ao Maracanã, assistir a um grande clássico entre Fluminense x
Botafogo, ao final do jogo e se levantando para ir embora); “Quem é a bola?”
(frase da granfina das narinas de cadáver, de Nelson Rodrigues, também chegando
à Tribuna de Honra do Maracanã, ao qual ia pela primeira vez); “De grátis nóis
toma até injeção nos óio, manu!” (Eleitor analfabeto do PT); “O mundo só será
feliz quando o último comunista for enforcado nas tripas do último capitalista!”
(Leon Trotski) ; “Este é um país livre!” (Capitalista norte-americano sobre as
delícias da democracia e da “livre” iniciativa); “Israel deve deixar imediatamente
os territórios ocupados na guerra” (Decisão do Conselho de Segurança da ONU,
após a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, onde Israel ocupou a península
do Sinai, no Egito, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, tomadas
da Jordânia além das Colinas de Golan, na Síria, desenhando praticamente o mapa
que tem hoje, com pequenas exceções advindas do Acordo de Paz de Camp David,
entre Begin e Sadat); “ÔÔÔÔÔÔÔÔIIIIIIIIIIIIIIII! HHAHAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIII”
(Sílvio Santos); “Acuuuuma? ”(Jumarú, caboclo recém chegado ao Paysandu, em
1963, em resposta à afirmação de Santo Cristo, Técnico do “Papão”, de que
poderia chegar à Seleção Brasileira); “Framengo!” (Resposta dada em um Concurso
Interno do Senado Federal à pergunta sobre qual o nome do navegador português
que dobrou o Cabo das Tormentas, em 1497); “Porcos e Suecos pela entrada à
direita” (Aviso em um porto dinamarquês sobre por onde deveriam entrar os
emigrantes da Suécia, atingida por uma grande epidemia de fome em 1773); “Foi
gostoso?” (Homens babacas indagando sobre o seu primeiro desempenho sexual com
qualquer mulher, imaginando que ela vai ser sincera na resposta); “Filho!
Amanhã tudo isto será seu!” (Lula, mostrando o mapa do Brasil a seu primogênito);
“Te manda, te manda que lá vem o Davi com os salmos dele” (Componente da tchurma
do Rei Davi, quando ele se aproximava); and, last but not least: “Resquiat in pacem”. Simples assim!
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