sábado, 9 de fevereiro de 2013
Salve Cissa!
Nunca tive oportunidade de expressar minha enorme admiração por Cissa Guimarães. Suportou a maior dor que um ser humano pode aguentar (enterrar um filho jovem e saudável e ainda sendo mãe) com uma altivez que passa sinceridade pelos poros. Diferente da contenção pública dos nobres europeus, Cissa consegue navegar pela tristeza de uma forma doce. Não se descabelou, como sói acontecer em casos tais; ao contrário, fechou-se na dor mas sem jamais se negar para a serenidade. Cultuou a forma mais dura de expressão de um sofrimento e que é a lágrima, grossa e pesada, descendo face abaixo, sem, gritos e desesperos tão comuns nessas horas - o chororô de Gil. Seus protestos, até por serem comedidos mas firmes e contundentes tal um grito silencioso, valem por mil berros. Nunca a vi ao vivo. Não a conheço e provavelmente nunca nos veremos ou trocaremos uma palavra sequer. Até talvez por isso eu esteja deixando minha gratidão aqui expressa. Sim, gratidão em nome dos que partem diuturnamente, tombados nessa guerra sem quartel em que se transformou o trânsito de veículos no Brasil. Salve Cissa!
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