Ah os crimes hediondos praticados
por menores, no Brasil. Se você é um formador de opinião, em qualquer estrato
sócio econômico da sociedade brasileira, muitas vezes já se flagrou matando
alguém, como galinha preparada para molho pardo ou cabidela, torcendo lentamente
o pescoço de criminosos bárbaros, desalmados, praticantes de delitos hediondos
neste país, mas sofrendo penalidades pífias de aprisionamento (aqui não se pode
falar em prisão nesses casos) de até três anos, no máximo, quando se tratam de
menores de idade ou, no linguajar popular e policial, “de menor” como eles
declaram imediatamente após terem tirado brutalmente a vida de um pai de
família: Não me toca, cara! Sou “de menor” e sei meus direitos! E mais das
vezes gritando para chamarem um Juiz, um membro da Fundação Casa, do Conselho
Tutelar ou Pastoral da Criança, quando não a própria mãe, namorada, Pastor ou
Padre, servindo até um simples militante do PT pra ficar vigiando, por perto.
Não importa se tenham estuprado Gabriela e seu namorado por tortuosos três dias
com inimagináveis requintes de crueldade; ou arrastado João Hélio por
quilômetros para que despedaçasse seu
corpo como o Messala na corrida de quadrigas de Ben Hur; ou ainda estourado o
peito daquela menina linda a quem fora permitido fazer o primeiro passeio de metrô no Rio; ou
mesmo os esquartejamentos tão em voga nos últimos anos onde malas não mais
servem para conduzir singelas roupinhas mas cabeças, troncos e membros
devidamente separados. Nada funciona para frear essas bestialidades. Os
discursos oficiais, notadamente da neo-esquerda, já são há tempos conhecidos e
batidos: a ausência de educação de qualidade, nutrição e alimentação condignas
nos primeiros quatro anos de vida, de saneamento básico que melhore a higidez
física são causas estruturais e só podem ser combatidas pela “vontade política”
dos governantes implementando “políticas públicas” (gostaram dos dois jargões?
Só faltou acrescentar “agregando valor” aí minha opinião fica supimpa) nesse
campo que permitam oportunidades de trabalho e renda para criar um espectro de
real cidadania que são negados pelo Estado, não podendo a punição arrebentar no
lado mais fraco da corda: o menor infrator. Tudo se daria por bom, firme e
valioso se os governantes, em todos os níveis e poderes da Federação,
permitissem que as verbas chegassem nas pontas desses sistemas e irrigassem de
qualidade e excelência a salvação de toda uma geração já perdida. Contudo, a
corrupção suga TUDO! Praticamente nada sobra para os câmbios profundos
reclamados, restando-nos pedir imediatas mudanças meramente conjunturais mas
nem essas se fazem. A hipocrisia oficial vocifera contra a diminuição da
maioridade penal. Os deuses do Supremo Tribunal Federal cruzam os céus da mídia
para afirmar que nenhuma decisão daquele Excelso Pretório pode ser influenciada
pelo clamor das ruas. Claro que qualquer membro do Judiciário brasileiro apenas
concordaria em se enternecer ou, o que é mais difícil, se revoltar contra essas
barbáries (principalmente arrancar cabeça dos outros a 150 km/h, num delito de
trânsito, ao qual eles querem negar a categoria de CRIME, turbinado por um
litro ou dois de Vodka) quando o filho ou filha, neto, esposa ou marido, fosse
DELES! Aí certamente viriam ao Fantástico defender a pena de morte. É a velha
história de que pimenta no.......olho dos outros é refresco de maracujá doce,
mesmo sendo o olho que nos guarnece a cara. Quase todos os que se envolvem
nessa discussão de maioridade penal, quer sejam políticos, governantes, acadêmicos,
especialistas ou pesquisadores parecem partir de um princípio de que, nas
democracias mais antigas e firmes do mundo, não se costuma regredir a idade
para prover punições. PURA FALÁCIA facilmente desmentida pelo Google. Nas
democracias juvenis da América do Sul é que essa brincadeira parece vicejar, se
não, vejamos: Brasil, Colômbia e Peru têm suas maioridades fixadas aos 18 anos.
Na Argentina, pouco mais “civilizada”, desce para 16. Na América do Norte, no
México americanalhado que seja, essa idade varia entre seis e 12 anos (relativa
e absoluta, conforme a gravidade do delito, parecendo ser essa a tendência
universal); já nos USA 13 Estados legislam entre seis e 12 anos e os demais
usam normas costumeiras mantida a paridade com os Estados que fazem leis
específicas. Vamos à Europa mais civilizada: Alemanha, 14; Escandinávia, 15;
França, 13; Itália, 14; Polônia 13; Reino Unido, com sua primeira constituição
mundial escrita em 1215 (A Carta Magna), a Inglaterra e o País de Gales, 10
enquanto a Escócia, OITO ANOS DE IDADE. Vamos ver dois ex-comunistas ferrenhos:
Rússia, 14 e Ucrânia, 16. E na China, comunista atual: 14 admitida a pena
perpétua para crimes hediondos. Será diferente no mundo Islâmico? Turquia, 11;
Bangladesh, 7 e o Irã dos amigos do Lula, 15 anos para os homens e nove para as
pobres e belíssimas iranianas. Para encerrar esta parte, vamos ver uma região
pelo menos esquisita, a Groenlândia: seis anos. Porra, então nada tem a ver
entre a qualidade da Democracia, a profundidade da tirania, a insanidade dos
estados religiosos, a seriedade de estados laicos e a distância de regiões
remotas e as altas idades como a adotada para o Brasil, protegendo sua massa
disforme de menores infratores, melhor dizendo, refinados e perversos
bandidinhos de calças curtas. A culpa é deles? Certamente não! É sua? Também
não! Então de quem é? Dos corruptos que não permitem a chegada das verbas aos
locais onde se poderia dar soluções estruturais de longos prazo e alcance, para
a questão. Vista por outro ângulo, o da punição, o quê realmente significa, no
Brasil, uma pena? As penas, desde a antiguidade clássica, servem para castigar
o infrator com a sua segregação social, fato que o impede de delinquir naquele
período; servem também para tentar inibir a criminalidade dos outros embora
pesquisas científicas nos USA não consigam ligar a implantação de pena de morte
e a diminuição dos índices de criminalidade em determinados Estados. Aqui no
Brasil, o eterno país do sonho, os sociólogos como FHC e antropólogos como
Roberto da Matta e outros educadores geniais como Anísio Teixeira, Josué de
Castro e Darcy Ribeiro, dão maior importância ao caráter de recuperação,
ressocialização e reinserção dos delinquentes no meio social de onde foram
retirados. Quanta quimera, meu Deus! Visite uma, só uma PENITENCIÁRIA COMUM
BRASILEIRA e verá que ali está uma masmorra medieval sem qualquer possibilidade
de reabilitar uma barata ou escorpião que lhe habite os esgotos, quanto mais
seres humanos, notadamente os mais “preparados” com pós-graduação lato sensu na Fundação Casa e que já foi
chamada de SAM, FUNABEM e FEBEM, como se a troca de nomes mudasse atitudes,
culturas e valores arraigados no tempo. Claro que parecerá que não tenho
soluções. A chave do cofre da Viúva não é minha; pouco posso intervir nas
políticas públicas para o Setor; só consigo vociferar contra a corrupção. Então
o quê fazer? Reconhecer que essa e a próxima geração estão praticamente
perdidas; endurecer as penas para os responsáveis pela geração desse desmando:
maus políticos, maus gestores e maus juízes. Não digo adoção de pena de morte
pois todos morreremos um dia e, logo, morrer não é punição. Pena dura é a
perpétua sem progressão ou condicional. Saber que qualquer crime lesa Estado
levará o autor a morrer na penitenciária e que se danem os pregadores dos “direitos
humanos” de bandidos de qualquer idade, negando aos assassinados os mínimos
direitos de sobrevivência na hora fatídica na qual essas “crionças” puxam o
gatilho inapelavelmente. Aí já foram as vidas e, com elas, não só sonhos,
projetos mas também tributos que geram recursos par manter os seus algozes.
Óbvio também melhorar todas as condições de saúde, educação e geração de renda
para MINORAR os males. Descer a maioridade penal a níveis mínimos, 10 ou 12
anos, por exemplo, idade de muitos chefes de gangues nos morros cariocas, com
prisão perpétua para a prática deliberada de crimes de sangue de forma
hedionda. Pode descer o malho em mim, notadamente por minha insensibilidade com
as crianças. Só peço a Deus que jamais ocorra em sua vida um episódio como do
João Hélio, pois aí suas convicções humanistas vão pra puta que nos pariu e
você vira o maior carrasco a ponto de fazer corar de vergonha o mais cruel dos
verdugos do tempo do Terror, após a Revolução Francesa. Simples assim!
Chegamos a um ponto crítico mesmo....praticamente todos os crimes hediondos praticados têm participação de menores. Possuem plena consciência do que fazem.
ResponderExcluirNo DF, é só ler notícias criminais que veremos também que todos - TODOS MESMO - os crimes são praticados por pelo menos uma pessoa que "já foi condenada anteriormente", o que deixa claro que ninguém vai se ressocializar porra nenhuma.
O cara fica é esperando o primeiro "saidão" para praticar logo outro crime. Crime vicia.
Resultado, estamos fodidos e sem solução mesmo. Diminuir a maioridade penal seria uma primeira coisa a ser feita, sem dúvida.
E os argentinos, como sempre, um passo à frente da gente....e sacaneamos os caras o tempo inteiro por conta de questões futebolísticas, fala sério...