terça-feira, 19 de junho de 2012

Bom dia para os casamentos longos e felizes

Bom dia, mesmo pisando em terreno pantanoso. A Ciência reconhece como o ancestral mais direto do homo sapiens, um hominídeo, bípede e ereto chamado Australopthecus Ghari que viveu na África entre 4 e 5 milhões de anos atrás, no período do Plioceno. Cultura de almanaque? Não!  Interessa saber que eles não falavam, praticavam o escambo e, o que é mais emblemático, viviam sob o sistema de matriarcado senil, isto é, mandava a mulher mais velha do grupo. Já nas cavernas, o gênero homo formava grupos de cerca de sete machos, mais que o dobro de fêmeas e crianças sobreviventes. Os velhos, como eu, quando apresentavam evidente fraqueza física eram sacrificados. As mulheres, desde o climatério levavam tacape na cabeça. Interessante que homens caçavam e mulheres cuidavam da prole comum. Sexo grupal, ninguém era de ninguém, até, ao que parece, uma mulher mais esperta (sempre as mulheres) conseguiu relacionar três variáveis: o fim do cio, a primeira transa depois disso e a situação da lua nesse dia. Rudimentarmente conseguiu, penso que após três gestações, verificar as formas da lua que levavam da suspensão do sangramento até o parto. Imagino a surpresa do cara, ao chegar em “casa” e encontrar uma fêmea segurando um bebê lindo, mais para chimpanzé do que gente, dizendo: UUUUUHHHHHAAAAA MUUUUUU FIIIIIIIAAAAA. Que quer dizer: Toma que o filho é teu! Ato contínuo, após tomar uma surra, foi trazendo o melhor filé, o mais gostoso e quentinho sangue de mamute, a maçã mais brilhosa e ganhou o primeiro marido apaixonado. A família só se solidificou como célula básica da sociedade e instituição cívico-ético-religiosa quando a Igreja decidiu proibir o casamento entre parentes até a sétima geração (sobrinhos à moda da Bretanha) instituindo a monogamia. Apesar dos seres humanos serem, umbilicalmente, poligâmicos como seus ancestrais cavernosos, a verdade parece ser que casamentos por amor e longevos fazem bem à vida mental e física das pessoas; basta ir às praças do interior, às ruas de Copacabana, aos almoços de domingo no Braz abraçando o espaguete da mama, para se certificar de quão bela é uma união duradoura. Quem a tem, preserve-a! Quem não, busque-a antes da velhice solitária. Vejam Tarcísio e Glória, Glorinha Pires e Orlando Moraes, Tony Ramos e Lidiane. “Celebridades” que têm valores mais profundos que a efêmera paixão e que “seguram” a união até que a morte os separe. Venturosos anos futuros para Araripe e Biga, Cássio e Zê, Luiz e Jussara, Alair e Rachel (onde quer que estejam, certamente estarão juntos), Cláudio e Teté, André e Esther e tantos outros que conseguiram vencer as nuvens passageiras das efêmeras paixões que nada são além disso mesmo: efêmeras, pueris, idiotas e imbecis, simples assi

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