terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Bom dia para os meandres da saudade

Ah o quê a saudade faz com a gente! Dia desses o Frederico Luiz, de Imperatriz, foi mexer com espaços e cantos recônditos de minhas memórias. Pra quê! Peguei a nave e, memorialista em excelência como sou, comecei a vaguear pelos anos 90 (especialmente final de 1990 e os anos inteiros de 94 e 95) quando vivi em Imperatriz, no Maranhão. Certamente muita coisa mudou desde então. Na vida vertiginosa de hoje, algo em torno de 20 anos não passa de um relâmpago mas, de qualquer forma, vou viajar por esses personagens, todos com existência e nomes reais. Aos que não lembrei o nome, desde já me penitencio e declaro que isso nada tem a ver com a importância que todos tiveram em minha caminhada, desde então. Aos que eventualmente já tiverem partido, choro em silêncio por eles. Me dirijo aos que convivi, nos anos decerto mais felizes que tive em minha vida. Minha história com Imperatriz começa em 1961 quando fui passar as férias de julho, junto com meu primo Cláudio Cativo, mandados pelo meu pai, Alair Barros, então Chefe de Tráfego da RODOBRAS, empresa pública criada por JK para construir a estrada Belém-Brasília. Imperatriz era a Rua das Mangueiras, a Pensão da Silas com o mineirão Pedro Paulo a tiracolo (tive saudoso contato com seus filhos Cássia Karla e Junior, anos depois), a Farmácia Nogueira, o velho campo de aviação, a sede da RODOBRAS com o rádio operado pelo Araújo (pelo qual falava com papai de três em três dias) e o majestoso Tocantins cheio de “pentas” usadas por nós para as pescarias diárias e passeios a goiaise (como se dizia então). Voltei lá em 1984 já como Gerente do Consórcio Rodobens e, na Alô Brasil Diesel, montei nossa subgerência de Imperatriz com o Apolônio. Fiz grande amizade com o Jurandir Teixeira e muitos vendedores como o Neres e outros que não lembro o nome, inclusive um canhoto que cantava e tocava um violão brabo, Beatles, Rolling Stones, Queen e assemelhados. Fiz um passeio de Barco de 23 h até Marabá para apoiar uma representação da Alô  Brasil, sempre com meu pai junto. Voltei no final de 1990 para assumir a então TV Alvorada (hoje Difusora de Imperatriz), retornando para dirigir o conglomerado em São Luís  até dezembro de 1993 quando voltei para a Imperosa e lá fiquei até vir definitivamente para Brasília em fevereiro de 1996. Não vou mal ocupar este espaço para proselitismo de algumas coisas que fiz de interessante na TV de Imperatriz, até porque o querido Marcelo Rodrigues me chamava de língua de pau quando falava algo a respeito. Se menciono alguns Programas é para ligar o fato aos participantes.  O que desejo mesmo é saber das PESSOAS. Elas são as reais protagonistas de toda a História. Tive notícia da morte de Luis Brasília e isso muito me doeu. Em minha tese de Mestrado, na Universidade de Brasília, dedico-a também ao Luís, chamando-o de “um ET que pousou nas terras do Maranhão e lá permanece camuflado até hoje”. Claro que esse hoje, hoje é ontem! Mantenho contatos quase regulares com Demerval Moreno (que me deu o Personagens do Dia), Jânio Arley (criador do genial e então inédito Bandeira Dois) e Maria Spindola (esta, apesar de nascida em Magalhães de Almeida,  mais ludovicense de costume. A melhor apresentadora de telejornais que já vi em minha vida). Frederico Luiz surgiu pelo Face. Agora passo a listar minhas saudades, sem ordens (alfabética, cronológica ou de importância. Vale o nome quando aparece): Conor Farias, João Victor (acho que Nascimento, Diretor Comercial da Difusora) e a Lia (Diretora Financeira); Raimundo Cabeludo, Jurivê Macedo e Roberto Macedo (este, quando dirigia o Grupo Mirante de Comunicação, em São Luís, me recebeu por uma semana, para me explicar o básico na TV. Para mim o básico era o básico MESMO pois, quando lá cheguei, pensava que ilha de edição era um piso alto com água por todos os lados). Maria Leônia, muito querida e que me honrou com meu primeiro programa local: (Encontro com  Leônia, “um passeio semanal com as personalidades do Tocantins”, pois naquele tempo ainda não existia o Estado). Neneca Mota Mello, que gracinha de criatura. Clélio Silveira que criou conosco, dirigiu e apresentou o caótico “O Rádio na TV” de tanto sucesso. Nunca esqueço da Agência Três! Neném Bragança, quanta “natureza” em tanto talento, assim como Celim Galhães, Carlinhos Veloz, Erasmo Dibel e sua Adriana, minha dentista e ex-mulher do Paulo, também Diretor (Administrativo) da Difusora. Já estava lá quando Roberto Reggae partiu para a melhor estando em Redenção, no desastre estúpido de avião. Antes fora, na estrada, seu querido companheiro cujo nome agora me falta e que era talvez o principal locutor de cidade. Reggae chegou no meu gabinete, da Difusora, junto com um grupo de gênios que foi defenestrado da Mirante de Imperatriz, devido a incitação de uma greve que acabou gerando a demissão de Marcelo Rodrigues do Cargo de Diretor de Jornalismo, da Difusora, então Alvorada. Numa manhã de sábado, além do Reggae vieram Adalberto Franklin, Otair Moreyra, Jânio Arley, João Bosco Brito e Demerval Moreno. Grupo de gênios criadores do Alvorada Rural e outros programas de enorme expressão. Meu querido Sheik do Top Vídeo; minhas repórteres imbatíveis Silvanete Gomes, Mara Santos, Luzia Souza e a quarta que, infelizmente, agora não consigo recordar o nome mas ela sabe que não terá sido por menor importância: mera falha de uma cabeça a caminho de 66!  Coutinho, genial câmera man depois produtor de sucesso. Da. Zenira e Dr. Fiquene; Hildom Marques; Romildo Fachinni de churrascadas memoráveis mesmo depois de fechar aquele sonho de boate na estrada, onde a pista de dança era um ring de boxe. Jussara e seu marido, então Delegado da Polícia Federal na cidade. Minha queridíssima Shirley inesquecível locutora da FM Mirante. Quanta voz e sensibilidade num corpinho tão pequeno. Tinha um rosto parecidíssimo com a Julia Roberts. Amim (ou seria Amir?) Zahloud daquela genial padaria da Getúlio Vargas; Maykel e sua concorrente morena que apresentava seu programa aos sábados de tarde, na TV Record local (também esqueci o nome; lembro também de sua mãe sempre lhe acompanhando e atenta a todos os detalhes da carreira da filha, parecendo muito mãe de miss). Outros amados e importantíssimos que não consigo recordar o nome: o criador, produtor e apresentador do programa da madrugada (acho que Bastidores da Noite) recheado de entrevistas com GLBTS e shows de streeptease com damas da noite recém chegadas do Pará e de Goiás. Meu querido baixinho (Roberto?????) que chegou revolucionando o telejornalismo da TV. O dono do hotel que me hospedava e que ficava entre a Getúlio Vargas e a Dorgival; o pessoal daquele sensacional restaurante de carne de sol (acompanhada de macaxeira frita, farofa molhada, baião de dois e manteiga de garrafa); o Gerente do Ponto Frio do Calçadão e tantos outros. Como gostaria de saber como está cada um deles, apesar disso em nada amenizar minha nostalgia. Simples assim! 

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