sábado, 15 de março de 2014

NAPOLEÃO: UM GÊNIO DE QUASE TUDO!

 Napoleão Bonaparte foi um gênio da humanidade e isto é inquestionável. Num tempo em que as guerras eram envoltas em uma estúpida aura de romantismo, ele introduziu inúmeras novidades , notadamente no campo da estratégia. Enquanto os principais exércitos do final do século XVIII e início do XIX, moviam-se, em marcha quase forçada, a quatro quilômetros por hora, Napoleão movia os seus a IMPENSÁVEIS sete quilômetros por hora, fazendo com que os estrategistas ingleses, austríacos, alemães (prussianos), belgas e italianos sempre calculassem mal onde estaria sua infantaria, artilharia, cavalaria e o importante apoio logístico em batalha, com a reposição de materiais imediata. Demoraram muito a perceber isso. O Imperador tinhas uma invulgar capacidade de delegar atribuições e cobrar resultados. Dividiu seus exércitos em cinco corpos TREINADOS EM TUDO (podiam substituir qualquer outra força em dificuldade), entregando seus comandos a os que chamava de Marechais de França, jovens e muito bem treinados: Cambonne, Grouchy, Ponsonby, Bernadotte e o mais famoso e mais jovem, Michel Ney, com 29 anos. Mantinham cursos abertos de atualização em estratégia e, quando entravam em batalha, todos sabiam exatamente o quê fazer dadas os ensaios exaustivos e o repasse de ordens. Assim, Napoleção conseguia anular a vantagem quantitativa de sempre enfrentar exércitos bem mais numerosos. Outra condição importantísima era seu carisma o qual ele sabia excepcionalmente conduzir para atingir resultados práticos. Na noite de véspera de cada batalha, pedia o nome e a localização de cerca de vinte soldados mais rasteiros e os visitava na própria barraca de campanha, invariavelmente levando vinho e broa para uma conversa de dez minutos. Imagine o quê faziam, pela França, aqueles homens assim turbinados. A derrota da batalha final de Waterloo claro que se deveu a inúeros fatores mas o principal foi que Napoleão inaugurou uma tática nova e que parece não ter sido bem entendida pelos Marechais que, por adoração ao ídolo, não pediram detalhes. A novidade consistiu em manter um corpo de 24 mil homens, sobre o comando de Ney, na retaguarda do campo da batalha geral mas sem envolver-se em escaramuças. Ney passou o dia inteiro deslocando-se de campo a campo sem se envolver com uma reserva portentosa daquela. Quando, já ao final da tarde, foi mandado entrar no conflito, tomou posições fundamentais ao inimigo e praticamente garantiria a mais fantástica vitória do Imperador se não tivesse cometido um erro fatal: no fragor do canhonaço, fumaça para todo o lado, divisou grande parte do exército de Wellington, atacado no centro por bombardeio incessante de 72 grandes peças de artilharia, RECUANDO e assim decidiu, conforme a ética da guerra na época, não dar uma carga final de seus hussardos (cavalarianos) enquanto Wellington estava na verdade desesperadamente contra atacando e surpreendendo Ney. Napoleão também se notabilizou como grande estadista e reformador, daí a introdução da mais portentosa legislação que foi o Código de Napoleão. Megalômano e brutal, notadamente com suas esposas e inimigos, morreu só em Santa Helena um ponto perdido no meio do Atlântico Sul, longe da glória que tanto preservava. Simples assim!

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